Luciano Amaral, lateral-esquerdo, distingue o ano de confirmação no V. Guimarães, conta que não entende «nada» do dialecto muito próprio que mantém com o rival Momha e pede «ritmo forte» para o confronto com o U. Lamas que pode dar o 1.ª triunfo no D. Afonso Henriques. «Um gostinho de vitória», sugere.
O U. Lamas é uma boa oportunidade para reencontrar a vitória?
LUCIANO AMARAL: Aqui não há jogo fácil, é uma equipa da 3.ª Divisão, mas sabemos que quando os pequenos jogam com os grandes querem mostrar tudo. Temos de impor o nosso ritmo e passar a eliminatória. Não podemos facilitar e trabalhamos para vencer no domingo.
O que conhece do U. Lamas?
LA: O Hélder [preparador-físico] é da cidade e já passou algumas coisas. Aos poucos vamos conhecendo o adversário. No domingo não vai haver surpresas.
Pelo discurso, não vão facilitar ou correr riscos?
LA: Queremos impor um ritmo forte e tentar jogar 90 minutos da mesma forma, porque nalguns jogos o ritmo tem caído na 2.ª etapa e queremos actuar de forma inteira.
O que tem faltado?
LA: Quando pensamos ganhar, pensamos dar logo tudo, conseguir, conquistar. Esperamos conhecermo-nos um pouco mais e saber que não é só a 1.ª parte. Estamos a trabalhar mais forte para poder aguentar o ritmo de 90 minutos e alcançar objectivos que estão a faltar, principalmente, em casa.
O V. Guimarães ainda não venceu no D. Afonso Henriques.
LA: Precisamos vencer e trazer de volta aquele gostinho de vitória.
Falta equilíbrio?
LA: Não é equilíbrio, é vontade, colocamos muita vontade e esquecemo-nos de pensar mais. Precisamos encontrar o ritmo forte que levou o Vitória ao 3.º lugar.
Mas o U. Lamas é um bom adversário para elevar a motivação
LA: É verdade, mas também é perigoso, perigoso. Só porque é uma equipa inferior não vamos entrar relaxados, senão vamos ser surpreendidos.
As lesões têm atrapalhado?
LA: Não são as lesões, sai um jogador, entra outro. Acontece, a equipa trabalha forte, firme. Esforço físico. É normal.
Qual é o objectivo na Taça de Portugal?
LA: É chegar às finais! Precisamos disputar títulos, como é bom disputar títulos. A equipa não tem jogado mal, se começarmos a vencer em casa vai dar ânimo e moral e as coisas vão correr naturalmente e até melhor.
É o ano de afirmação a nível pessoal?
LA: As coisas estão a correr bem, nunca desanimei e trabalhei forte na esperança de jogar um dia. Aconteceu e quase não acontecia, porque o meu contrato não ia ser renovado (risos). Tenho feito golos, fiquei muito feliz.
O que mudou?
LA: Não mudou nada, o que mudou foi a oportunidade dada e acredito que correspondi à altura, fui feliz e espero trabalhar para não vacilar e perder a oportunidade, porque é uma guerra diária, se um vacilar, o outro entra, joga e não sai mais. Vou dar o máximo para ajudar.
Não teve oportunidades a época passada?
LA: Não soube aproveitar. Joguei 13 ou 15 jogos seguidos, serviu de aprendizagem e devagarinho tenho andado em frente e espero melhorar ainda muito mais.
Teve de progredir defensivamente?
LA: Sabia que era um defeito que tinha. Chegou a uma fase que falaram: faz isso, porque você vai ser melhor. Tinha uma deficiência e tenho melhorado. Hoje, não sou um assíduo marcador, mas tenho marcado bem e feito por onde merecer jogar. Dedico-me à marcação e a posicionar-me melhor. Acredito que tenho feito bem.
Como é a luta interna com Momha?
LA: É boa, gostosa, eu falo e ele não entende nada, ele fala comigo e não entendo nada. De vez em quando converso com ele na concentração: Aí meu irmão, como é que é? Aitttt. Só entendo quando ele fala bracis e eu falo bajoula. É uma briga boa e não terá problemas.
Andrezinho e Marquinho são boas notícias
No relvado, treinos a duplicar e informações positivas para Manuel Cajuda: Andrezinho e Marquinho (ainda vigiado) foram integrados no plantel.