Tudo por tudo. Condenado a uma existência que luta por fugir aos lugares de descida, o Vitória de Guimarães, vai procurar ultrapassar o Rio Ave para escapar à aflição total. A hora da verdade aproxima-se e, nos jogos em casa, a equipa já não pode claudicar. Quando só a vitória interessa para a recuperação e a pressão vai ganhando terreno, o treinador Vítor Pontes fala dos seus jogadores com «a vontade nos limites» e da confiança absoluta no apoio dos adeptos. «Queremos mostrar uma grande atitude, uma grande entrega e uma grande vontade», resume o técnico para esta 19ª jornada.
A jornada é de uma importância redobrada para os vimaranenses, minados por grave crise desportiva, o que significa, por antecipação, que só a vitória interessa. «Estamos a trabalhar bem, temos vindo a melhorar e com a Naval já fomos mais equipa, uma equipa mais organizada, a defender melhor», considerou o treinador. Em xeque, ainda, a força do ataque, sem dúvida distraído e menor. Vítor Pontes gostava que os avançados deixassem de manifestar ansiedade no momento do remate, decorrente da falta de golos. «Para vencer temos de fazer golos. Temos três golos no registo em casa. Não há memória de um resultado destes, mas estamos confiantes que vamos dar uma resposta positiva com o Rio Ave. Temos de conseguir marcar algumas oportunidades criadas e tudo faremos para vencer», avançou.
Sem artifícios, o treinador fala de «um exigente e complicado jogo que é preciso dominar». «Temos de saber que vamos encontrar uma equipa que não joga em contra-ataque, apesar de ser perigosa neste modo. O Rio Ave tem mais golos sofridos que o Vitória, mas também tem mais marcados. É uma equipa perigosa, faz golos, discute o jogo, mas também sofre. O Rio Ave não tem medo de arriscar e temos de estar atentos, porque eles vêm para discutir o jogo», diz, em alerta máximo.
Tiago Targino regressou à casa de partida, depois de uma semana «à experiência» no Dínamo de Moscovo. Participou no treino vitoriano e pode ser convocado para sábado. «Chegou a pouco mais de 48 horas do jogo e conheço-o. Se entender que vai ser útil, não é pelo facto de ter estado fora uma semana que não fará parte dos eleitos», diz o treinador. Neca também foi hoje integrado, actuando, desde logo, na linha média.
Contrariamente ao que se poderia supor, Saganowski (melhor marcador) ficou no banco com a Naval. O treinador explicou esta «circunstância»: «Sabia que as pessoas iriam questionar, mas quisemos actuar na velocidade e no desgaste na primeira parte. Na segunda metade o Saganowski teve três chances de golo», notou. E Dragoner é baixa «quase» certa para a recepção aos vilacondenses, devido a uma indisposição abdominal. Medeiros ocupou a vaga para fazer dupla com Cléber no centro da defesa. De fora estará, também, Rogério Matias, irrecuperável. A finalizar, o tema Wesley. «As atenções estão focadas no jogo com o Rio Ave. Depois falaremos dessa possibilidade», finalizou o treinador, sobre o quinto reforço de Inverno.