A quatro dias de completar dois anos sem um minuto perdido no campeonato, o que «é muito gratificante» para o central, Auri será, sem surpresa, titular na final da Carlsberg Cup, este sábado, frente ao Sporting. Prova em que só não é totalista por culpa de uma lesão muscular sofrida na Luz, na primeira mão da quarta eliminatória, a 20 de Outubro passado.
Aos «34 anos», que orgulhosamente lembra, o defesa brasileiro vive com o entusiasmo de um principiante mais um momento na carreira. «Estamos tranquilos, temos trabalhado bem e o mister tem insistido nessa mesma tranquilidade», garante Auri ao Maisfutebol.
Não que Carlos Carvalhal tenha copiado o estado de espírito que caracterizou, literalmente, o discurso do homólogo do Sporting, Paulo Bento, mas porque a conjuntura o permite.
«Tem sido uma época positiva»
Depois de tempos em que o dinheiro (ou a falta dele) foi o principal adversário, o V. Setúbal está em quarto na liga, com os mesmos pontos do Sporting, vai jogar a meia-final da Taça de Portugal com o F.C. Porto e este sábado reencontra a equipa leonina no epílogo da Carlsberg Cup.
«Tem sido uma época positiva, comparada a outras. Tudo melhorou e temos de dar continuidade a esta fase e contrariar o favoritismo do Sporting», comentou.
Não devia ser o contrário, isto é, o Vitória favorito? Não, na opinião de Auri, mesmo tendo em conta que a sua equipa venceu dois dos três desafios disputados esta época com os leões (2-2 na quinta ronda do campeonato, 1-0 na fase de grupos da Taça da Liga e nova vitória na 20ª jornada).
«Nem se compara! É lógico que [o facto de Paulo Bento alertar para os resultados entre ambos] é o reconhecimento do nosso trabalho, mas o favoritismo é do Sporting. Vamos manter os olhos bem abertos, pois é um jogo decisivo.»
«Não ensaiámos marcações específicas»
Desde 26 de Março de 2006, data em que o V. Setúbal goleou a Naval (4-1) no Bonfim, que Auri jogou todos os minutos disponíveis do campeonato. Tempo suficiente para conhecer o Sporting e saber que nenhum jogador de Alvalade deve ser descurado.
«Não ensaiámos marcações específicas para esta final e não vamos mudar em nada o trabalho realizado. Além disso, o adversário merece mais atenção pelo todo. Qualquer jogador pode resolver o jogo e, por isso, temos de estar atentos a todos», defendeu o central, que ocupa a penúltima barreira da defesa para os avançados contrários.
No dia do grande jogo, quando Pedro Proença der por concluída a disputa em campo, Auri só tem um desejo: «Que o Vitória possa sorrir.»