Carlos Cardoso, treinador do V. Setúbal, no final do empate (2-2) com o V. Setúbal, este sábado, na Figueira da Foz, na última jornada da Liga, e que permitiu aos sadinos carimbar a permanência:
«O Vitória continua na Liga, que é o lugar a que tem direito pelo seu historial, instalações, e pela cidade, que recebe bem, oferece bons almoços a quem nos visita. Estão todos de parabéns, sobretudo as nossas mulheres e filhos, que foram aguentando. É clube em festa. Parabéns aos sócios que vieram em massa. Foi uma temporada muito complicada, como o próprio futebol português. As pessoas têm de pensar como vão mudar isto. Não se deve acabar com os clubes que são alegria do povo e andar a ajudar empresas falidas. Há que aguentar estes clubes com prestígio, que têm 70 ou 80 jogos nas competições da UEFA. Todos dizem que deve se deve acabar com os clubes que não pagam mas ninguém fala numa reunião com o governo para tentar resolver. Os clubes também são empresas, que movimentam algum dinheiro. É esse o apelo que faço. O Vitória tem 98 anos, 20 mil sócios, as melhores classificações a seguir aos grandes, esteve em torneios na Venezuela, no Brasil ou no Japão. Vamos ter atenção aos clubes com prestígio e que fizeram algo pelo país.
[Sobre o seu futuro] Com esta idade, é durar mais uns anitos. O meu futuro é continuar no Vitória, sou treinador residente, e continuar a ajudar, agarrando no barco quando se chateiam com os treinadores. Espero que o próximo dure pelo menos uns três anos, que é o tempo do meu contrato e, se calhar, da minha saúde.»