Auri e Robson, cortes decisivos

Os centrais do Vitória praticamente já jogam de olhos fechados e frente ao Heerenveen revelaram-se decisivos em momentos diferenciados, mas em circunstâncias parecidas. Aos dois minutos Robson cortou em cima da linha um remate de Pranjic que ia direitinho para a baliza, e mais tarde seria Auri, com um grande corte de carrinho, a evitar aquele que parecia um golo certo de Sibon. A importância que tiveram nestes lances estendeu-se ao resto do encontro, com exibições de muito nível.

Leandro Lima: maldita barra!

Com Mateus sentado no banco, coube ao médio emprestado pelo F.C. Porto a responsabilidade de pautar o futebol ofensivo do Vitória. Não houve muito espaço para jogar na zona central, mas ainda assim Leandro Lima inventou jogadas e deu muitas dores de cabeça aos defesas holandeses. Aos 28 minutos esteve perto de fazer aquele que seria, muito provavelmente, um dos golos do ano. O espantoso remate de fora da área (de muito longe) bateu com estrondo na barra. No segundo tempo esteve mais apagado e acabou por ceder o lugar a Mateus.

Carrijo, a área como habitat natural

Foi a surpresa de Daúto Faquirá e não deixou mal o treinador. Na fase inicial do encontro viu-se obrigado a jogar muito longe da baliza e revelou dificuldades, mas depois, quando o Vitória cresceu, apareceu mais. Segurou bem a bola de costas para a baliza e depois, aos 67 minutos, inaugurou o marcador, com belo golpe de cabeça ao primeiro poste. Na fase final do encontro, quando era preciso segurar mais o jogo a meio-campo, cedeu o lugar a Danilo.

Pranjic, talento a mais para o Heerenveen

Nem fez uma exibição extraordinária, mas bastaram dois ou três detalhes para confirmar uma qualidade que, aos poucos, vai cativando até os mais distraídos, aqueles que ainda não conhecem este internacional croata. Tem uma qualidade muito acima da restante equipa, pelo que não se limita a jogar no lado esquerdo do ataque (ele que na selecção joga como lateral esquerdo). Aparece muito na zona central do terreno, embalado pelo 10 que tem nas costas, e inclusive em zonas de finalização. Foi assim que aos dois minutos aproveitou uma defesa incompleta de Bruno Vale e só não fez golo porque Robson cortou em cima da linha. Aos 23 minutos esteve na origem de mais um lance de muito perigo, ao desmarcar Fellinga na área. Valeu então Auri, a impedir que Sibon desviasse, à boca da baliza. Já em período de descontos foi decisivo, ao inventar a jogada que deu o empate ao Heerenveen.