O Vitória começou desconfiado, mas bastou um golo para libertar-se dos receio s e embalar para uma goleada que acaba por ser natural, perante um Paços de Ferreira que fez uma exibição simplesmente embaraçosa no Bonfim.

Como se não bastassem os sinais de problemas no interior do balneário, surgidos durante a semana, a equipa pacense deixou também indicadores preocupantes dentro de campo. Uma exibição que deixou ainda mais a descoberto a ameaça da queda na II Liga.

Parece faltar quase tudo a uma equipa que fez apenas três remates (e nenhum com perigo), frente a um adversário direto, num jogo que era de importância elevada. Mais do que insuficiente. Inquietante.

Entre a pouca vontade de atacar e o receio de arriscar

Ao intervalo contavam-se nove remates para o Vitória e nenhum para o Paços de Ferreira. Um dado que traduzia o domínio claro da equipa da casa, que se instalou no meio-campo ofensivo, perante um adversário que renunciou à posse de bola, e por isso foi incapaz de chegar à baliza contrária.

Mas também é verdade que dos nove remates do Vitória na etapa inicial, apenas um trouxe real perigo para a baliza pacense. Foi o último, de Horta, a obrigar Degrá a uma bela intervenção.

Os primeiros quatro remates foram todos de fora da área (um de João Mário e três de Pedro Tiba), e só um não surgiu na «ressaca» de um lance de bola parada. Só depois é que o Vitória conseguiu chegar à área, com dois remates de Zequinha, e dois de Horta, incluindo o tal que representou o único momento de interesse da primeira parte.

O pesadelo de Tony despertou a goleada

Logo aos 20 segundos da segunda parte surgiu o primeiro remate do Paços de Ferreira, mas na baliza contrária. Um erro de Tony, que na tentativa de cortar um lance de cabeça, bateu Degrá.

Calisto trocou logo Seri por Minhoca, mas o Paços foi incapaz de reagir. Ainda que pouco depois tenha feito o primeiro remate (este a sério), por Tiago Valente.

Apenas um golo deixou os «castores» derrotados. E o Vitória, firme e seguro, embalou para a goleada.

Zequinha, estreante no «onze» fez o segundo golo aos 56 minutos, após túnel de Pedro Tiba a Tony.

Melhor em campo, o camisola 25 do Vitória apareceu depois na direita para assistir o terceiro golo, apontado por Rafael Martins, que finalizou no coração da área (67m).

Sete minutos a equipa de José Couceiro chegou mesmo ao quarto golo, de grande penalidade, após mão de Flávio Boaventura na área. Ricardo Horta não falhou, da marca de onze metros.

As contas fecharam-se aí, naquele que é o maior triunfo sadino na presente temporada. E a permanência é apenas uma questão matemática, no fundo.