Carlos Costa, presidente da Comissão de Gestão do V. Setúbal, defendeu o Plano de Pormenor do Vale da Rosa, em nome do futuro do clube, e alertou os adeptos contra os «fundamentalistas e ecotalibãs» que possam criticar o projecto.
«O Vitória de Setúbal tem de pôr essa gente na ordem, e tem de se acautelar», afirmou o dirigente, citado pela Lusa, durante a Assembleia Geral de aprovação de contas. Cerca de uma centena de sócios votou favoravelmente um exercício com resultado liquido de 991.139 euros.
O dirigente mostrou-se confiante de que Primeiro-ministro poderá remeter o documento para o Ministério do Ambiente durante esta semana, para este o devolver por sua vez à Câmara Municipal de Setúbal.
O Plano de Pormenor do vale da Rosa e Zona Oriental da cidade viabiliza a construção de milhares de fogos e de um novo estádio municipal que a autarquia já se comprometeu a ceder ao V. Setúbal. Carlos Costa espera que seja depois possível chegar a acordo com a empresa Pluripar - detentora dos direitos sobre os terrenos do Bonfim - para reduzir a zero o passivo do clube, estimado em cerca de 12 milhões de euros.
O dirigente, segundo a Lusa, defende que a solução poderá passar por uma antecipação dos últimos 15 ou 20 anos de rendas anuais (750.000 euros/ano) a que o clube tem direito por um período de 90 anos pela cedência dos terrenos do Bonfim. Outra alternativa será a assumpção do passivo pela Pluripar, que será devidamente compensada através da redução das rendas mensais até ao final do contrato.
Na Assembleia Geral, o dirigente vitoriano reafirmou a intenção de cessar funções no próximo dia 28 de Outubro, um mês depois da data marcada para as eleições, que não se realizaram por não ter aparecido nenhuma lista concorrente.