350 mil euros é a quantia que o Vitória de Setúbal precisa para evitar um cenário de rescisões de jogadores ou, em último caso, de greve. Chumbita Nunes terá até ao final da semana para conseguir o dinheiro. Caso contrário, o jogo com o F.C. Porto poderá estar em risco.
As cartas com os pré-avisos das rescisões já seguiram para a SAD do clube. Todos os jogadores colocaram os contratos nas mãos do presidente sadino que tem até sexta-feira (se a notificação for recebida hoje) para pagar os salários em atraso.
Caso o dinheiro não apareça, podem acontecer dois cenários. O primeiro é a possibilidade de todo o plantel avançar para a rescisão de contratos e o Vitória de Setúbal, de uma só vez, ficar sem jogadores para se deslocar ao Dragão, para encontrar o F.C. Porto.
O segundo cenário é o lançamento de novo pré-aviso, mas desta vez de greve. Neste caso, seriam dados à direcção do Vitória cinco dias úteis a partir da notificação para resolver o problema. Caso não aparecesse o dinheiro, a paralisação total aconteceria.
Chumbita Nunes encontrou-se na noite de ontem com José Veiga, director do Benfica, para tentar encontrar uma solução imediata, que envolveria também o direito de opção sobre jogadores e talvez a compra imediata do guarda-redes Moretto. No entanto, o encontro acabou com fumo negro, uma vez que não se chegou a um entendimento.
Maisfutebol apurou que, para evitar os cenários de rescisão e greve, Chumbita Nunes teria de «arranjar» 350 mil euros para pagar os salários em atraso. Para além daquele que já adiantou a alguns jogadores que foram pedindo à SAD em meses de crise. Mas este não será o único problema a resolver. É que a equipa B sadina enfrenta os mesmos problemas e está muito perto de imitar a formação principal.
Sexta-feira é também o dia da Assembleia-Geral com os sócios sadinos. Chumbita Nunes continua calado, mas sempre vai garantindo que está «de consciência tranquila». Promete dar todos os esclarecimentos numa previsível quente noite de início de fim-de-semana.