A grande campanha desportiva do Vitória de Setúbal, não só no campeonato mas também na Taça da Liga, tem implicações relevantes a nível económico. Num clube com conhecidos problemas monetários nos últimos anos, os 120 mil euros recebidos pela participação na Taça da Liga, até à presente fase, sem contar com as receitas televisivas e de bilheteiras, funcionam como importante balão de oxigénio para o clube.
Carlos Costa comentou ao Maisfutebol a actual situação financeira do sexto classificado da Liga Portuguesa de Futebol, a propósito das verbas ganhas na Taça da Liga. «Recebemos cerca de 50 mil contos» de receita de bilheteira no jogo do Benfica para a Taça da Liga, «nada de anormal que não tenha acontecido nos últimos anos em jogos em casa com o Benfica», explicou, confirmando que a grande época do clube também contribui para trazer mais pessoas ao estádio.
O dirigente defende no entanto que os ganhos desta nova competição interna não são mais do que «receitas controladas pela Liga e apenas isso», certificando, porém, que «migalhas são sempre bem vindas e que a situação do clube, apesar de não ser a melhor, é a possível, e está a ser resolvida a curto, médio ou longo prazo, de acordo com o que está estabelecido pela Comissão de Gestão».
No que diz respeito à situação salarial do plantel, Carlos Costa recusa falar sobre a existência de salários em atraso. «A comissão não comenta questões do foro interno do clube», afirma, reconhecendo de seguida que no clube trabalham jogadores de «grande profissionalismo e pessoas de grande carácter».
Planos para o novo estádio com luz verde
O clube recebeu ainda esta sexta-feira uma boa notícia. A Câmara Municipal de Setúbal recebeu hoje a autorização para proceder à publicação do Plano de Pormenor do Vale da Rosa, que deverá ser aprovado na próxima quarta-feira. O Vitória de Setúbal pode, deste modo, vir a ter luz verde para avançar com as obras do novo estádio.
Maria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal, disse à Agência Lusa que é previsível que o plano seja aceite, uma vez que os Ministérios do Ambiente e Agricultura aprovaram a obra.
A construção da urbanização do Vale da Rosa pressupõe o arranque da edificação do novo estádio municipal da cidade, que a autarquia se comprometeu a ceder ao Vitória de Setúbal, em substituição do «velhinho» Bonfim.