O Tribunal de Guimarães dá início esta quinta-feira ao julgamento de Vale e Azevedo e Pimenta Machado acusados de crimes de peculato e falsificação de documentos.

Em causa está a alegada apropriação indevida de verbas na transferência de jogadores, com o ex-presidente do Vitória de Guimarães a ser acusado de quatro crimes de peculato e dois de falsificação de documentos e o antigo líder máximo do Benfica a responder por um de peculato e dois de falsificação.
As acusações surgem na sequência das transferências de Fernando Meira para o Benfica e Pedro Barbosa e Pedro Martins para o Sporting e da aquisição de dois jogadores brasileiros, Alexandre e Riva, pelo Vitória.
A ligação entre os dois ex-dirigentes no processo diz respeito à transferência de Meira para o Benfica, na qual Pimenta Machado é acusado de se ter apropriado de 450 mil euros. O antigo presidente do V. Guimarães admitiu a apropriação indevida, reconhecendo que inventou a entrega a um empresário de uma comissão que não existiu, mas justificou que o fez para ser ressarcido de vários empréstimos pessoais que tinha feito ao clube para contratações.
O pagamento foi feito a uma empresa «off-shore», que viria a confirmar-se ser propriedade de Pimenta Machado.
Relativamente a Vale e Azevedo, o ex-presidente encarnado enfrenta a acusação de falsificação de dois documentos na contratação de Fernando Meira.