Amadeo Carboni não gostou das declarações prestadas esta sexta-feira por Ayala numa conferência de imprensa realizada em Valência, em que o jogador manifestava vontade de sair do clube e de rumar a Villarreal. O director desportivo do clube «che» acusou o argentino de estar mais preocupado com as questões económicas do que com a equipa.
«Ao mesmo tempo abre-nos os olhos e dá-nos uma redobrada responsabilidade na hora de contratar futebolistas mais preocupados com a nossa camisola e menos com os cheques», declarou, agastado, Carboni.
Quique Flores, treinador do Valência, também se pronunciou sobre a polémica instalada entre o clube e Ayala, que chegou atrasado ao estágio de pré-temporada na Áustria, como forma de forçar a saída do clube.
«Cometeu um acto de indisciplina e ele sabe-o. Foi castigado por um regulamento de regime interno elaborado pelo corpo técnico. Foi desagradável, mas tínhamos que penalizá-lo», referiu Flores, dando sinal do provável «divórcio» entre o Valência e Ayala.
Ayala apontou para Carboni como motivo maior do seu descontentamento. «O meu sonho de acabar a carreira no Valência esfuma-se por causa de gente que não cumpre a sua palavra. Eu disse as coisas na cara e, hoje em dia, essas pessoas não existem para mim, sinto-me enganado por Soler e Carboni».