A derrota em casa (0-2) com o Rosenborg, na passada terça-feira, na quarta jornada da Liga dos Campeões, e que atirou o Valência para o último lugar do grupo B ainda pesa na memória de Marco Caneira e dos seus companheiros de equipa.
Em entrevista ao site do clube espanhol, o internacional português assumiu que a falta de união e confiança no seio do grupo são as principais responsáveis pelo insucesso do Valência.
«Foi um jogo triste e difícil porque a continuidade na Liga dos Campeões está, agora, mais complicada. No final, falámos entre nós. Temos de ser mais unidos, começar de novo e com cada um a dar o melhor de si», considerou Caneira, referindo-se ao encontro da Champions.
«Temos de meter na cabeça que apesar de podermos ter mais qualidade que os adversários isso não nos valerá de nada se não tivermos o mesmo empenho e atitude dos demais. Devemos igualá-los e depois demonstrar qualidade», defendeu, acrescentando: «Falta-nos um pouco de confiança, mas trabalhamos todos os dias nesse sentido. Confiança é a palavra-chave porque as coisas vão sair de certeza.»
Os maus resultados no campeonato ditaram a saída de Quique Flores ¿ em nove jogos, seis vitórias e três derrotas, a última frente ao Sevilha (0-3) ¿ e a entrada de Ronald Koeman, que vai estrear-se no campeonato este fim-de-semana, aquando da 12ª jornada, frente ao Múrcia. Pelo meio aconteceu a goleada do Real Madrid (1-5), o regresso às vitórias frente ao Maiorca (2-0) e nova derrota, desta feira, na Liga dos Campeões.
«Os adeptos estão sempre connosco. Também nos custa perder, as derrotas doem. Mas, se ganharmos este sábado, podemos subir ao segundo lugar [o Valência está na quarta posição com 21 pontos, menos quatro que o líder Real Madrid e menos três que Barcelona e Villarreal]», lembrou o defesa.
Sobre Koeman, Caneira disse que o momento não é oportuno para tirar conclusões. «Chegou um novo treinador, com uma filosofia distinta. Ainda é cedo para avaliá-lo.»