O Valência viveu um início de temporada complicado com quatro derrotas nos quatro primeiros jogos e a saída do treinador Pako Ayestáran. Na última quarta-feira, a equipa estreou-se a ganhar, finalmente, batendo o Alavés por 2-1, com um golo de Dani Parejo, a dois minutos do fim, de penálti.

Foi suado, mas Parejo, que está no Valencia desde 2011 acredita que pode ser o ponto chave para inverter a tendência. E, assim, dar mais tranquilidade aos jogadores, pois foram difíceis estes tempos.

«Sempre vivi com isto, gente que gosta de mim e gente que não gosta. Na rua, muitos diziam-me para correr mais, que não me esforço, que sou um cão. Por vezes vamos com a família e temos de fazer ouvidos moucos, para não haver problemas. Metem-te num pântano onde não tiras nada de positivo», afirmou, citado pela Europa Press.

Parejo apoiou-se nas estatísticas para dizer que está «entre os três que mais correm» nos jogos e garante que dá sempre a cara pela equipa.

«A quem me diz estas coisas, trato como se fosse outra coisa qualquer na rua. Não é um adepto, no fundo. Espero que quando o meu filho cresça e perceba estas coisas, isto não aconteça porque é meu filho e não vai gostar, ainda para mais na rua», lamentou.

O médio diz que sempre deu tudo pelo clube e lembrou o tempo difícil que viveu com Nuno Espírito Santo. «Estivemos 12 jogos sem ganhar e no final de cada um deles eu dava a cara e todos caíam em cima da mim. Entendo, quando ganhas o futebol é bonito, mas quando perdes é quando tens de aparecer a dar a cara», completou, revelando que chegou a chorar, em casa, por tudo o que estava a acontecer.