O número 9 da selecção coreana, Jong Tae Se, que joga e vive no Japão, vinha com reputação de estrela para este Mundial. Confirmou-a com uma bela exibição frente ao Brasil. No final, na zona mista, mostrou também uma apreciável facilidade no domínio da língua portuguesa, que estudou na infância, em parte por causa do mítico jogo dos quartos-de-final do Mundial 1966.

Vinham apostados numa surpresa. Ficou guardada para o jogo com Portugal?

«Gostava muito que isso acontecesse. Seria uma grande surpresa para todo o Mundo e quero muito contribuir para ela. O Brasil é uma equipa muito difícil, é sempre uma selecção de nível mundial. Era o nosso primeiro jogo, e não nos correu muuto bem. Cheguei a pensar que podíamos ganhá-lo, mas não foi possível.»

Tem mais hipóteses de vencer com Portugal?

«Eu quero muito ganhar, assim como toda a equipa, mas sabemos que vai ser difícil. Portugal já não tem Eusébio, como em 1966, mas continua a ter grandes jogadores, como o Cristiano Ronaldo e outros. Vamos precisar de dois jogadores para marcar o Ronaldo.»

Chorou convulsivamente durante o hino. Porquê?

«Representar a Coreia do Norte num Mundial foi uma grande alegria para mim, e por isso não consegui evitar as lágrimas.»