Pierre Van Hooijdonk, antigo jogador do Benfica, esteve em Madrid onde reencontrou José Mourinho, treinador que o orientou no clube português durante dois meses. Era a primeira experiência do atual técnico do Real Madrid no comando de uma equipa, mas o holandês lembra que ficou logo convencido.
«Demo-nos bem desde o início. Houve um grande feeling entre nós, sobretudo porque temos a mesma mentalidade. Sinto-me um felizardo por ter trabalho com ele e fico muito feliz pelos seus êxitos», afirmou, em entrevista ao site «Todomercado».
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O ex-jogador, atualmente sem trabalho depois de ter deixado a Federação turca, onde foi adjunto de Guus Hiddink, diz que «a forma de Mourinho trabalhar o grupo» deixava antever que estaria ali um grande treinador.
«Mourinho vai mais além do que se vê no campo. Não é só a metodologia de treino, também tem muito a ver com o ambiente que cria nas equipas. Falei com jogadores que foram treinados por ele, como o Sneijder por exemplo, que me diziam o mesmo. Criava confiança entre jogadores e treinador e isso ajuda a chegar ao êxito», frisou.
«Adorei voltar a vê-lo e conversar com ele», completou.
«Messi e Ronaldo estão condenados à comparação eterna»
Em relação à atualidade do futebol espanhol, o ex-benfiquista considera que o Real Madrid «vai ser campeão apesar de o Barcelona estar agora mais perto». «E não creio que ganhe apenas o campeonato», atirou, aludindo a uma eventual conquista da Liga dos Campeões, que espera que seja 100 por cento espanhola. «Real Madrid-Barcelona é a final que o mundo deseja», justificou.
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«Estão um degrau acima de qualquer equipa do mundo», considera.
Van Hooijdonk falou também de Ronaldo e Messi, lamentando as críticas sucessivas ao português: «Entristece-me que para se falar deles se tenha de dizer que um é uma belíssima pessoa e o outro parece que está sempre chateado. São diferentes. São dois jogadores extraordinários, dois autênticos craques.»
«Estou certo de que se o Ronaldo não tivesse coincidido com o Messi ninguém tinha dúvidas que ele é o melhor do mundo. Mas teve azar e muitas vezes são injustos com ele. Di Stéfano, Pelé, Maradona, Cruyff, Zidane...tiveram a sorte de não ter um rival tão competente pela frente. Messi e Ronaldo estão condenados à comparação eterna», concluiu.