Bert Van Marwijk prepara-se para o jogo «mais importante da carreira». É o próprio seleccionador holandês quem o assume, a três dias da final do Campeonato do Mundo. O currículo assim o demonstra: uma Taça UEFA e uma Taça da Holanda foi tudo o que conquistou até ao momento, pelo que o jogo com a Espanha, no Soccer City, poderá proporcionar o maior momento de glória.

A carreira de jogador também não foi brilhante, de resto. «Tive muitas lesões», disse o seleccionador holandês a sorrir, quando questionado se seria melhor treinador do que jogador. De chuteiras calçadas ganhou uma Taça da Holanda (AZ) e um título da 2ª divisão (MVV). Como treinador conseguiu chegar ao estrangeiro (Borussia Dortmund), mas só conquistou títulos no seu país, ambos ao serviço do Feyenoord.

Foi no clube de Roterdão que orientou Giovanni van Bronckhorst. Para o capitão da Holanda este será mais do que o jogo mais importante da carreira. Será também o último. «É um profissional fantástico», disse Van Marwijk, a falar do lateral esquerdo, que marcou um grande golo na meia-final.

Este poderá ser também o dia mais importante do futebol holandês. A «Laranja Mecânica» foi duas vezes à final do Mundial, na década de 70, mas saiu sempre derrotada. As comparações com essa geração são naturais, ainda que o seleccionador diga que «não se pode comparar este momento com aquilo que se passou há mais de 30 anos».