Não houve surpresa, mas deu para ver um bom jogo. O resultado é um pouco enganador, porque não revela a boa resposta do Varzim até ao intervalo.

O desnível só se verificou depois do lance capital do encontro: estava ainda 1-2, o Varzim dava mostras de querer inverter a situação, mas Nuno Coelho apareceu isolado e o guarda-redes da equipa da casa foi forçado a fazer penálti. Expulsão e golo, duas adversidades demasiado pesadas para que a equipa menos apetrechada pudesse voltar a reagir.

A primeira parte foi de uma qualidade inesperada. À meia-hora já tínhamos visto três bons golos e o jogo estava aberto, positivo.

O Varzim combatia a maior qualidade arouquense com um futebol ofensivo e operário. Mas a inteligência de Ceballos e a veia goleadora de Roberto davam vantagem ao Arouca, por 1-2, ao intervalo.

A eliminatória parecia aberta quando aconteceu a tal expulsão. Entrou Miguel, teve que sair Tó Barbosa. O Varzim passava a perder 1-3 e tinha menos um.

Estava decidido? Estava mesmo. O Arouca geriu, passou a ter mais bola, e não se coibiu de continuar a procurar o golo. Bruno Amaro somou para 1-4, em golaço de livre, e David Simão e Soares só não fizeram o o 1-5 porque a bola passou a rasar o poste, nos dois remates perigosos.

O resto foi luta e algumas picardias evitáveis, mas que foram acicatadas por um relvado em péssimo estado, fruto da chuva intensa das horas anteriores. Nada de muito novo, portanto.

Mas foi Taça, deu para sentir. E isso continua a ser bom.