Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, pediu aos empresários do país que respeitem as leis fiscais para evitarem cometer crimes, dando como exemplo o processo seguido pelo fisco espanhol contra o futebolista português Cristiano Ronaldo.

«Cristiano Ronaldo saiu de Espanha porque foi perseguido por causa da diferença entre os impostos que pagou e os impostos que tinha de declarar, até o iam meter na prisão», disse na quarta-feira Nicolás Maduro, dirigindo-se aos empresários do país sobre a nova reforma tributária.

Antes de deixar Espanha, para ingressar no clube italiano juventus, Ronaldo acordou com as autoridades fiscais espanholas o pagamento de 18,8 milhões.

Ronaldo estava acusado de ter, de forma «consciente», criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.

Maduro deu também o exemplo do argentino Lionel Messi, do Barcelona, e o brasileiro Neymar, do PSG, lembrando que também eles foram alvo de investigação por parte do fisco espanhol.

A Venezuela sofre uma grave crise económica com hiperinflação e escassez, o que forçou Maduro a lançar um pacote de medidas que incluem uma reforma tributária direcionada a empresas e cidadãos "mais ricos", segundo a autoridade fiscal do país.