Victor Fernandez está encantado com a experiência no F.C. Porto. Em entrevista ao diário «As», de Madrid, o treinador espanhol diz que esta é uma época de mudança no clube azul e branco, mas confessa-se seduzido pela mentalidade vencedora que encontrou. «Está a ser uma experiência enriquecedora, que deve supor um passo à frente na minha carreira», referiu. «Tenho que começar quase do zero. E o problema é que no futebol não há tempo. Por isso foi tão importante ganhar um título logo no início da época. Agora o objectivo é ganhar o segundo, na próxima sexta-feira, frente ao Valencia».
Um jogo que Fernandez imagina bem mais difícil do que aquele que acabou por dar o triunfo em Coimbra. «Sem dúvida que sim», sublinhou. «O Valencia é mais forte que o Benfica. Conserva os fundamentos das temporadas anteriores: é um bloco sólido, com uma tremenda potência física, com uma magnífica organização defensiva e com uma pressão asfixiante no centro do campo que não deixa o adversário jogar».
Talvez por isso, porque o Benfica não é tido como um adversário tão forte quanto, estranhou-se muito em Espanha a enorme festa que o clube fez no final do jogo. «A mim também me surpreendeu tamanha explosão de alegria entre adeptos, jogadores e dirigentes», confessou. «Mas há que o entender. O Benfica é o rival mais directo do F.C. Porto e preparou este jogo com consciência, enquanto nós nos encontramos num período de transição depois da saída de jogadores emblemáticos. Comparando a equipa titular da última época e esta que ganhou a Supertaça, só restavam quatro jogadores no onze inicial: Baía, Nuno Valente, Costinha e Mccarthy».