João Matos é um dos jogadores mais titulados do mundo do futsal e juntou neste domingo o título Mundial de seleções ao título europeu e às duas Ligas dos Campeões. Mas não quer ficar por aqui.

«É verdade que ganhei todos os troféus. Mas já tinha uma Champions e lutei pela segunda, tenho um Europeu e vou lutar para em janeiro ser convocado para ter mais um, e por aí sucessivamente. O desporto é assim».

Cerca de 24 horas depois da conquista com a camisola da seleção portuguesa, João Matos assume que ainda não percebe bem o que aconteceu.

«Ainda não estamos bem cientes do que conquistámos e da grandiosidade deste feito para o futsal e para o desporto nacional», declarou aos jornalistas na Cidade do Futebol, antes de falar das emoções vividas nas últimas horas.

«Vínhamos no autocarro ainda siderados pela noite de ontem. De festejo, de maluqueira… uma noite de fortes emoções. Nenhum de nós tem ainda noção do feito. Um dia é que vamos olhar para traz e ver o grande feito que conseguimos», continuou.

Ainda assim, João Matos admitiu que houve um momento de tensão em que lhe foi difícil controlar as emoções.

«No jogo com o Cazaquistão, sofremos aquele golo a 46 segundos do fim, numa bola que ainda me bateu nas pernas. E psicologicamente caí muito. Veio-me à lembrança o jogo do terceiro e quarto lugar na Colômbia, quando falhei o penálti e Portugal não trouxe a medalha… isso pesou-me. Como eles dizem, eu sou um chorão, sou muito emotivo, pela forma como me entrego ao jogo», apontou.