Uma associação inglesa dedicada a lesões cerebrais critica André Villas-Boas por ter mantido Hugo Lloris em campo frente ao Everton, mesmo depois de um choque aparatoso com Lukaku, que motivou momentânea perda de conhecimento do guarda-redes do Tottenham.

«Em situações como esta, de perda de conhecimento, é vital ter tratamento médico. Não pode ser apenas o fisioterapeuta ou o médico em campo, pois os sintomas podem demorar a notar-se. Ao continuar em campo, o jogador pode ter agravado as sequelas. Devia ter saído imediatamente para ser transportado para o hospital, de forma a ver exames e ser observado», explicou Luke Griggs, porta-voz da «Headway».

«A ciência desportiva evoluiu muito ao longo da última década, e continuamos com esse conceito antiquado que um jogador deve ser forte e tentar continuar a todo o custo. Os argumentos do Sr. Villas-Boas, que referiu que o jogador mostrou grande carácter e personalidade, são errados e perigosos. Não somos heróis se jogamos depois de ter sofrido uma lesão assim. Estamos a arriscar a nossa saúde», acrescentou o membro da associação inglesa de lesões cerebrais.

Villas-Boas justificou a sua decisão com os sinais dados por Lloris. «Estava determinado e parecia concentrado e focado para que eu não o tirasse. As defesas que fez depois provam que estava certo», acrescentou.