André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, comentando na sala de imprensa o possível interesse de colossos europeus em Radamel Falcao, que esta noite apontou quatro golos na goleada de 5-1 ao Villarreal:

«O F.C. Porto tem cláusulas de rescisão enormes e não vende fácil. Os clubes não estão ricos e o F.C. Porto tem os seus mecanismos de defesa. É um clube com nome lá fora, sete anos depois volta a estar presente numa meia-final europeia e isso também pesa. Não sei o que os outros fazem, mas nós não vendemos fácil.»

[Sobre a cobiça que o nome Villas-Boas começa a despertar em Itália]: «Percebo o que se passa em Itália, tendo em conta o que o Porto está a fazer tanto na Liga Europa como no campeonato. O sucesso do Porto deve-se aos jogadores. E, depois, o jogo ofensivo em Itália conta pouco. Eles querem é o resultado.»

[Sobre a política do F.C. Porto]: «Saí em 2004 para o Chelsea, voltei este ano e o clube é o mesmo. Sempre com grande vontade de vencer e grande competência. Ano após ano consegue construir novas equipas, vender bem, comprar bem. Também dominamos nos escalões jovens, ainda esta semana fomos campeões de juniores. Temos sempre três ou quatro jogadores jovens a aparecem por ano. A nossa política é emprestá-los e depois traze-los de volta quando estiverem no topo, como aconteceu com o Bruno Alves, por exemplo. Foi emprestado, voltou, impôs-se e foi vendido ao Zenit, por 22 milhões. Acho que somos uma boa escola, basta ver que fazemos tudo isto enquanto continuamos a vencer. Sete anos depois voltamos a estar numa meia-final europeia e basta ver onde estão e o que fizeram os jogadores da última vez, como o Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Bosingwa ou Deco.»