Vítor Pereira, treinador do F.C. Porto, comentou desta forma a goleada na receção ao Beira Mar (4-0), no Estádio do Dragão:

«Depois de um jogo europeu, por experiência própria, sei que o desligar da Liga dos Campeões e pensar num jogo de campeonato é sempre uma mudança de chip que acarreta algumas dificuldades. Quis alertar para isso mesmo, porque estes jogos definem muitas vezes a questão dos títulos. No ano passado, entrámos muitas vezes aqui de forma desconcentrada. Hoje foi difícil encontrar espaços mas fizemos 2-0 na primeira parte e depois fizemos mais dois na segunda. Fico satisfeito com a postura da equipa.»

Sobre o primeiro jogo em casa pós-Hulk: «Sinceramente, apesar de gostar muito do Hulk, espero que não me andem a falar do Hulk por muito mais tempo. Agora pertence ao Zenit. Na próxima conferência de imprensa, espero não abordar o mesmo tema. O Hulk tinha características muito próprias, tinha um jogo mais individualizado, por isso é que as pessoas achavam que ele decidia muito. Mas o Porto continuará a jogar e a marcar sem ele. Marcámos quatro, podíamos ter feito mais mas seria talvez injusto para um Beira Mar que trabalhou muito. O Porto continuará a encontrar soluções, hoje sem o Hulk, hoje sem o Otamendi, sem o Lucho, sem o Fernando. A equipa encontrou uma dinâmica própria para superar isso.»

Sobre os jovens: «Acredito que, este ano, os jovens jogadores terão mais oportunidades do que no ano passado. Falo do caso do Iturbe, que esteve poucas, do Kléber, Kelvin, Atsu, Castro. São jogadores com qualidade que precisam de tempo de jogo e acredito que terei oportunidade este ano para lhes dar mais tempo. »

Acha que tem mais soluções este ano? «No ano passado, também tinha soluções, mas soluções a mais são um problema. Com jogadores a mais, é difícil gerir motivações. Eu prefiro plantéis curtos com possibilidade de ter jogadores que transitem de uma equipa para a outra (da B para a A e vice-versa).»