Neno, o director-desportivo, garantira, assim que no estádio terminou o treino de ontem, que o plantel retomaria hoje a preparação do jogo com o Boavista num dos relvados do complexo. Às 16 horas, precisou. Mas hoje, exactamente àquela hora, adeptos, jornalistas e curiosos não encontraram mais do que os automóveis dos jogadores, que lotavam o parque de estacionamento. 

Nos relvados, nem uma bola, nem um jogador. Melhor: apenas um, mas um pouco mais tarde. Talvez Inácio os demorasse nos balneários, em prolongada prelecção. Mas não. Atrasada estava apenas a informação. Em segredo, o plantel, com treinadores incluídos, escapara para Quiaios às 9h30, onde treinaria já ao final da manhã. Augusto Inácio quis voltar ao mesmo local de estágio onde preparou a vitória na Amadora, mas cuidando de garantir a privacidade do grupo de trabalho, tornear a pressão e manter os jornalistas à distância, que, no caso, são sinónimos. 

Em Guimarães ficou apenas Paulo Gomes, com um processo disciplinar às costas e uma pequena multidão a seguir, depois de confirmada a evasão do plantel, todos os passos de um treino demasiado monótono. O médio regressaria ao balneário sem saber ao certo se seria merecedor de tamanha atenção.