Triunfo, o doce combustível do futebol; a matéria que ia faltando ao V. Guimarães e que escapou nos primeiros cinco jogos oficiais. Sem brilho, aplica-se o chavão de vencer sem convencer, mas esse era o principal objetivo minhoto na receção ao Tondela: vencer. Um autogolo logo aos doze minutos, muito por força do trabalho de Tomané foi suficiente para o V. Guimarães arrecadar os três pontos, vencendo pela primeira vez esta temporada.

DESTAQUES DO JOGO
 
A exibição não foi convincente, longe disso, até porque o Tondela cresceu na fase final do encontro e chegou a incomodar. Com algum sofrimento à mistura, o atual momento não dá para mais, o D. Afonso Henriques lá respirou de alívio com ao último sopro de Duarte Gomes. Alívio pelo triunfo, mais uma dose de desconfiança com a prestação da equipa.
 
Desde cedo o Tondela mostrou que se deslocou ao D. Afonso Henriques com o intuito de aproveitar o desconforto do V. Guimarães. Fazendo da velocidade a principal arma, essencialmente por Romário Baldé e Nathan, o conjunto de Vítor Paneira jogou de forma aberta e a disputar o jogo.
 
Sem que qualquer das equipas se conseguisse afirmar de forma inequívoca, as balizas iam sendo visadas de parte a parte, o conjunto minhoto acabou por chegar ao golo quando estavam jogados doze minutos. Um autogolo colocou a equipa do V. Guimarães em vantagem, num lance em que a arrancada de Tomané valeu três pontos. Em cima da linha de golo, Edu e Bruno Nascimento embrulharam-se e não evitaram o golo na própria baliza.

FILME E FICHA DO JOGO

Sem poder contar com Otávio, baixa de última hora a contas com uma microrrotura na coxa esquerda, Evangelista estreou Montoya a titular na cidade-berço e emprestou um pouco de criatividade a um jogo triste e que teve muitas paragens. Os rasgos do colombiano foram os principais focos de atratividade do conjunto vimaranense. Ainda na primeira parte o número dez fez a bola embater com estrondo no travessão.
 
Antes disso, a dez minutos do intervalo, o Tondela deixou um sério aviso com Nathan a fazer o esférico passar perto do poste da baliza de Douglas. Romário Baldé desequilibrou em velocidade, serviu depois o brasileiro, que de forma subtil quase fazia o empate.
 
A equipa vimaranense ameaçou entrar melhor no segundo tempo e até começou por jogar no meio campo do Tondela, mas rapidamente se fizeram sentir fantasmas antigos e, tal como aconteceu no último jogo em casa, diante do Belenenses, perdeu o norte e recuou em demasia.
 
Aproveitou o Tondela; com Raphael Guzzo já em campo e a assumir as rédeas do jogo, o conjunto auriverde acreditou que podia sair de Guimarães sem as mãos a abanar. O médio internacional sub-20 português dispôs mesmo de duas situações para visar a baliza do V. Guimarães, mas falhou o alvo.
 
Do banco de suplentes saiu Licá, que voltou a dar cor ao ataque do conjunto de Armando Evangelista, fazendo o V. Guimarães estender novamente o seu jogo até ao último terço do terreno. Com uma cabeçada à ponta de lança o extremo obrigou Matt Jones a fazer a defesa da tarde.

O Tondela vendeu cara a derrota, saindo de Guimarães com a sensação de que até poderia ter feito mais.

Com muito coração, o V. Guimarães lá assegurou o triunfo, não se livrando, no entanto, de uns sustos na fase final do encontro. Chegou o triunfo, mas não se foi embora a contestação e Armando Evangelista não se livrou de mais um coro de assobios, com muitos lenços brancos à mistura.

Vencer sem convencer não serve na cidade-berço.