2º Round em menos de um mês entre o V. Guimarães e o Tondela. O domínio do V. Guimarães não foi avassalador como aconteceu na Taça da Liga, muito longe disso, mas o Vitória conseguiu aquilo que não tinha conseguido, o triunfo (1-0). Cenário inverso para o Tondela, prestação positiva mas sem dividendos para a equipa de Pepa.

Duplo embate a mostrar o quanto a lógica e o futebol estão longe de andar de mãos dadas. O Vitória até conseguiu aquilo que, provavelmente, faltou nos últimos jogos em casa, desbloquear o jogo. Entrou a vencer com um golo de bola parada, não conseguiu uma exibição consistente e teve de ser mais pragmático do que espetacular na exibição.

Na tal questão da lógica Os Conquistadores alcançaram então aquele que era a principal missão, o segundo triunfo consecutivo para capitalizar a dose de confiança amealhada após o triunfo no Dragão. Wakaso foi a figura do jogo ao apontar o golo do triunfo.

Bola parada contra a paciência

Ainda com as diretrizes do último confronto frescas no bloco de notas, o embate iniciou-se como que de um jogo de paciência. Confortavelmente organizado, o Tondela deu a iniciativa de jogo ao Vitória e esperou pelas oportunidades de destilar veneno, a exemplo do que aconteceu na Taça da Liga.

De sobreaviso, a equipa de Luís Castro teve mais cautelas na construção de jogo, não se expôs em demasia em corridas desenfreadas para o ataque. Teve maior ascendente por defeito, pela matriz do seu jogo e também a convite dos beirões.

O jogo de paciência foi desbloqueado de bola parada. Tozé cobrou o livre, João Afonso penteou o esférico ao primeiro poste e Wakaso apareceu no coração da área a adiantar os vimaranenses no marcador quando estavam cumpridos quase vinte minutos.

Assistiu-se a um jogo aberto desde então, o Tondela teve de fazer pela vida e passou a igualar na iniciativa e no querer jogar no meio campo adversário. Conseguiu-o, provocou calafrios e dividiu o jogo, a espaços até com ascendente.

Organização e concentração a segurar triunfo

A correr atrás do prejuízo, os tondelenses continuaram espevitados no início da segunda metade, fazendo por chegar a terrenos adiantados com insistência e perante um recuar forçado do Vitória. Luís Castro fez por reorganizar a equipa e fez entrar Ola John e Pepê.

O Tondela fez pela vida e sem massacrar subiu linhas e procurou o empate. De sobreaviso depois de ter averbado duas derrotas nos dois primeiros jogos em casa o Vitória organizou-se e foi uma equipa concentrada a fazer mais por segurar a vantagem mínima do que eventualmente dar uma estocada no jogo.

Sai de mãos a abanar o Tondela, fez por merecer mais do que no primeiro jogo e de certo modo provou do seu próprio veneno, continuando sem vencer na presente edição do campeonato.

Primeiro triunfo do V. Guimarães esta época no D. Afonso Henriques com mais sabor do que propriamente bem laborado, mas ainda assim entregue à equipa que desde a primeira hora demonstrou inequivocamente o seu propósito: ganhar.