[Foto: Vitória de Guimarães]

Miguel Silva

Comecemos pela baliza. O nome de Miguel Silva andou nas bocas de muita gente na última semana. Também andou em páginas de jornais. Nesta quinta-feira, será destaque também. Não por algum alegado interesse do Benfica, mas pela exibição que fez em Rio Maior. Maior foi ele. Defendeu tudo o que o leão lhe atirou: por cima, por baixo, de cabeça, de pé, na área, na pequena área. Miguel Silva fez uma tremenda exibição e por ele se explica muito o porquê de o Sporting sair a zero de Rio Maior.

Raphinha

E por aqui se explica muito o porquê de o Sporting ter saído de Rio Maior com mais três golos sofridos. A velocidade de Raphinha no flanco esquerdo do ataque foi o maior problema que o leão encontrou neste jogo. O brasileiro assistiu duas vezes e marcou noutra ocasião. Para além de pôr a nu, várias vezes, as fragilidades do sistema de três defesas que Jesus apresentou.

Iuri Medeiros

O agitador de serviço na tarde/noite de Rio Maior. Pelo lado leonino, isto é. O ataque do Sporting foi composto pelo açoriano, por Doumbia e Matheus Oliveira. Iuri foi o melhor dos três. Colocado no lado direito, procurou a bola também em terrenos interiores. No entanto, foi quando a recebeu junto à lateral que mais desequilibrou, sobretudo com recurso ao drible rápido.

Gelson Martins

O Sporting é sempre melhor com Gelson Martins. Apesar do que Iuri deixou em 45 minutos, há um dono absoluto daquele lugar. Aliás, é difícil encontrar na liga inteira quem o roubasse a Gelson Martins. No seu jeito, prosseguiu o que Iuri tinha feito e fê-lo ainda melhor. Serviu Acuña para golo, serviu Bruno César para que este servisse Doumbia, deu trabalho a Vigário de todas as maneiras e ainda terminou a fazer o flanco todo.

Doumbia

O costa-marfinense tentou imprimir velocidade e profundidade ao jogo do Sporting. Na maioria das vezes, decidiu bem, noutras executou mal. Ainda assim, os passes para Iuri Medeiros (12 minutos) e Matheus Oliveira (37m) indicam que Doumbia não só finaliza, como percebe a melhor opção. No caso do brasileiro, por exemplo, esperou até ao momento certo para soltar. Depois, enviou um cabeceamento para defesa de Miguel Silva.

Matheus Oliveira

Está muito longe de ser aquilo que Iuri Medeiros é. Se o açoriano é correria e drible, o brasileiro ex-Estoril é pensamento e passe. No esquema inicial procurou ser mais  uma opção entre linhas, a deslocar-se para o espaço interior e a dar a lateral a Jonathan. No entanto, teve de jogar demasiadas vezes de costas para a baliza adversária o que lhe causou alguns problemas. Podia ter marcado, mas não parece estar confortável a jogar como um dos três da frente.

Petrovic

Entrou como central, para dar a qualidade na construção, saiu ainda no primeiro tempo. A defesa a três do leão foi muito permissiva (não só pelo trio de centrais) e Petrovic foi um dos que sentiu a velocidade do adversário. Quando Coates foi expulso, saiu para dar lugar a Palhinha, sem se perceber se por opção, se por lesão.

Jonathan Silva

Fechou tarde no 1-0, e no 2-0 não acertou na bola para cortar e impedir que Hurtado ficasse na cara do golo. Muitas faltas, e quezilento, incluindo com os próprios colegas.

Acuña

Um cabeceamento para golo, apenas travado pelo guarda-redes vitoriano. Bom pé esquerdo, do qual sobressaiu uma saída de pressão que deixou o leão em boa situação para atacar. Em resumo, pormenores a rever.

Battaglia e Bruno Fernandes

As exibições do argentino e do médio português serão sempre comparadas às de William e Adrien. Não é o valor que está em causa, é o desempenho neste momento. Battaglia e Bruno Fernandes parecem estar com mais ritmo, o que é natural; ou então, foram as circunstâncias do jogo e a experiência de Jesus que ditaram que assim parecesse.