A figura: Danilo
 
Há dias, Sérgio Conceição clamou por mais atenção para este menino brasileiro que dá nas vistas em Braga. A verdade é que noites como esta de Guimarães dão razão ao técnico do Sp. Braga. Encheu o campo com um sentido posicional de notar e uma técnica acima da média, que lhe fez ganhar vários lances. Inteligente, jogou de cabeça levantada, formando com Pedro Tiba um meio campo que tem garra e cérebro, em doses idênticas. O sonho de qualquer treinador. Com a equipa reduzida a dez e um golo apenas a fazer a diferença percebeu que tinha de dosear as incursões ofensivas e transformou-se num trinco à antiga. Quase perfeito.
 
O momento: que golaço Rafa!

Minuto 39. Rafa até nem estava a ser dos jogadores mais em evidência no duelo do D. Afonso Henriques, mas o lance que abriu o marcador atira-o para a posição central desta história. O toque por cima do rival é delicioso e depois, percebeu o enquadramento para o toque de Midas. A bola saltava e Rafa pegou-lhe bem para um tiro ao ângulo. Merece ser visto.
 
Outros destaques
 
Éder


Esteve perto de marcar logo aos 2 minutos, num cabeceamento para a baliza deserta que Bruno Gaspar salvou sobre a linha. Aos 33 foi mesmo a pontaria que esteve um pouco desafinada, uma vez que o remate, na cara de Assis, passou o guarda-redes mas errou o alvo. Se não marcou assistiu…com o peito e em queda. Lance de insistência frente a Traoré que acusou a pressão. Depois, a sorte fez o resto: a bola bateu-lhe no peito e isolou Pardo.

Pardo

Um poço de força. Rapidíssimo, faz lembrar muito Hulk quando arranca em velocidade deixando os rivais pregados ao solo. Marcou, ainda, o 2-0, aproveitando a confusão que se instalou nos homens da casa, pedindo uma ilegalidade inexistente.
 
Hernâni

Que pulmão. Ponto de encontro dos lances de maior perigo do Vitória, na primeira parte, perdeu-se em equívocos no início da segunda, mas recuperou o gás a tempo de ainda ser o melhor da casa. Encostado ao flanco direito, travou duelo interessante com Marcelo Goiano, tendo ganho várias batalhas, incluindo o penálti e expulsão. Perdeu o golo de forma incrível, na cara de Kritciuk, logo no início da segunda parte, mas compensou com uma série de raides impressionantes pelo flanco dos quais ficam sempre difícil perceber o fim.
 
André André

A garra do costume a devolver a esperança à equipa. Frieza no penálti que devolveu o Vitória ao jogo, depois de uma primeira parte, sobretudo, onde pecou a penas nas decisões, em lances onde arriscou o remate quando poderia ter tentado algo diferente.
 
Alex

Não ficou atrás do colega do flanco oposto. Procurou muito jogo, ajudou Traore e nunca se escondeu. É verdade que nem sempre as coisas lhe saíram bem, mas soube pressionar Baiano, amarelado cedo, para tentar tirar dividendos. As hesitações do lateral bracarense poderiam ter tido outro aproveitamento, embora tenha criado perigo sempre que ganhou a linha de fundo. Passou para lateral, quando Rui Vitória teve de apostar mais na frente e deu o lugar a Ricardo quando a ordem para atacar foi total.