Quem tem Matheus Pereira está mais perto de marcar. O extremo brasileiro foi fundamental num Desp. Chaves que esteve perto do triunfo, mas sofreu um golo nos descontos, inesperado.

Matheus, dizia-se, esteve nas jogadas fundamentais, enquanto os golos estiveram a cargo de William, curiosamente servido duas vezes por Davidson. O V.Setúbal reagiu bem aos golos sofridos, empatou primeiro, de grande penalidade, e evitou a derrota no tempo de compensação, com um golo após canto de Yohan Tavares, no quinto empate consecutivo da sua equipa na Liga.

Já com Matheus Pereira disponível, depois de este ter cumprido castigo, Luís Castro fez apenas uma única alteração no onze face à derrota na Luz por 3-0, frente ao Benfica, lançando o extremo que pertence ao Sporting.

Por outro lado, o técnico dos sadinos, José Couceiro, promoveu três alterações em relação à final da Taça da Liga, que perdeu frente ao Sporting nas grandes penalidades. Na baliza, Cristiano voltou à titularidade para o lugar de Trigueira, enquanto Yohan Tavares, em estreia, foi lançado no centro da defesa e Edinho na frente de ataque, no lugar de Gonçalo Paciência, que entretanto regressou ao FC Porto após terminado o empréstimo.

O jogo demorou a ganhar interesse, muito por culpa de um início com ritmo baixo. De uma forma geral, a primeira parte foi repartida e nenhuma equipa se sobrepôs à outra.

Mas quando os flavienses se aproximaram da baliza de Cristiano, foi para marcar. Aproveitando uma má abordagem da defensiva sadina, Matheus Pereira lançou Davidson na área que deixou de peito para William encostar. Tudo bem feito e o marcador inaugurado bem cedo.

A resposta da equipa de José Couceiro foi rápida e também eficaz. Num pontapé de canto aos 13 minutos, Jefferson embrulhou-se com Vasco Fernandes, e António Nobreu assinalou grande penalidade. O juiz da partida ainda pediu apoio ao VAR, mas confirmou a decisão, apesar dos protestos da equipa da casa. Sem pensar nisso, Edinho na cara de António Filipe não perdoou.

A melhor fase do encontro para os visitantes foi logo a seguir ao golo, na qual apanharam os transmontanos desprevenidos e tiveram mesmo situações para dar a volta ao encontro. O jogo dos sadinos foi sobretudo pelo interior, onde João Amaral comandou as ‘tropas’. 

Aos 20 minutos João Amaral foi lançado nas costas da defensiva contrária, deu para João Teixeira na esquerda que rematou de longe e cruzado para defesa atenta de António Filipe. João Amaral ainda tentaria o golo de meia distância, aos 24, após má saída a jogar de Maras.

Cabia aos flavienses reagirem, e a equipa de Luís Castro regressou ao encontro, mas apesar de muitos ataques prometedores, faltou criar verdadeiro perigo. Matheus Pereira foi o principal motor da resposta do Chaves, mas faltou sempre algo para chegar à baliza.

Golo transmontano com a mesma receita do primeiro

Excelente reentrada em jogo da equipa da casa. Sem perder tempo, o Chaves colocou-se ao ataque e bem cedo se percebeu que o golo seria uma questão de tempo.

Primeiro, Tiba tentou o golo numa jogada de insistência, aos 49 minutos, que foi cortada para canto. Sem deixar respirar, Bressan descobriu Davidson na esquerda que invadiu a área e atirou ao lado.

O brasileiro teve nova oportunidade quando Matheus Pereira, pela direita, encontro Davidson no lado contrário com um excelente passe, e este deu para William que só teve de encostar, e bisar. 

Uma reação forte que deu golo

A reação do Vitória não foi má, chegando-se rapidamente à área flaviense. Aos 55 minutos João Amaral tentou servir Arnold, mas sem hipóteses, e pouco depois tentou marcar, mas António Filipe segurou.

Aproveitando o balanceamento ofensivo, Matheus Pereira voltou a descobrir Davidson na área, e desta vez o extremo atirou a contar, mas estava lá Cristiano para evitar o golo.

Os sadinos instalavam-se no meio campo flaviense, mas parecia um domínio consentido pelo Chaves. Luís Castro aproveitava para refrescar a frente e continuar à procura de explorar as transições que nasciam da subida de linhas do V. Setúbal. Primeiro retirou Davidson por Jorginho e depois Matheus Pereira, lançando Perdigão.

De resto, o V. Setúbal apenas criou perigo aos 73 minutos por um mau passe de Bressan, que deixou Nuno Pinto em zona de disparo, mas António Filipe defendeu para canto.

Dominando mas não criando perigo, José Couceiro acabou com as substituições aos 87 minutos, ao lançar Rafinha e Allef. Pouco depois, os visitantes ganharam um livre, que Nuno Pinto tentou sem sucesso converter. Os sadinos acabaram mesmo ao ataque, e o prenuncio de golo voltou a surgir.

Primeiro, Podstawski atirou para grande defesa de António Filipe, mas no canto Yohan Tavares conseguiu o desvio para o fundo das redes, no último lance do desafio. Um balde de água fria para os transmontanos, que se puseram a jeito para perder pontos.