À quinta jornada, na estreia de Rui Quinta, o Penafiel garantiu a sua primeira vitória na Liga. Os primeiros pontos, aliás. Triunfo a toda a linha para a formação duriense num duelo em que a arbitragem esteve em foco (2-0).

O novo treinador do Penafiel – substituiu Ricardo Chéu – mudou apenas dois jogadores em relação ao desaire frente ao Marítimo, na jornada anterior, mas a equipa surgiu com uma postura renovada e comprovou a histórica eficácia imediata de uma chicotada psicológica. Resta avaliar o sucesso da medida a médio prazo.

Olegário Benquerença foi alvo de forte contestação por parte do Vitória de Setúbal. O jogo teve uma grande penalidade, um golo anulado, duas expulsões e ainda queixas sadinas no 2-0, por alegado braço de Guedes antes do remate final de André Fontes.

Destaques: Guedes e André Fontes a descobrir o caminho

Domingos Paciência fez três alterações no seu onze após a goleada sofrida frente ao Benfica (0-5). A mais surpreende passou pela troca do guarda-redes Lukas Raeder, em bom plano no início do campeonato, por Ricardo Batista.

Junior Ponce assumiu o lugar de Zequinha e Paulo Tavares regressou à titularidade, com Miguel Pedro a ficar no banco de suplentes. Porém, as mudanças não surtiram o efeito desejado e o Vitória entrou a perder em Penafiel.

Domingos Paciência insatisfeito

Perto da meia-hora de jogo, já em desvantagem no marcador, Domingos Paciência decidiu mexer no seu xadrez com duas substituições de uma assentada. Percebe-se a saída de Miguel Lourenço, amarelado após cometer uma grande penalidade, mas João Schmidt tem sido uma das unidades mais esclarecidas deste Vitória.

Marcos Vinícius e Miguel Pedro entraram em campo sem alterar o rumo do encontro. O Penafiel parecia destinado à primeira vitória na Liga.

Ao minuto 50, Olegário Benquerença descortinou uma pretensão agressão de Advíncula a Rafa Sousa e deu ordem de expulsão ao lateral esquerdo. Despedida infeliz do jogador que foi sentido grandes dificuldades para cumprir a sua função.

O Vitória lutava agora com menos armas, embora Domingos Paciência tenha mantido a réstia de esperança com a entrada de um avançado, Forbes, recuando Manu para a cobertura defensiva.

Rui Quinta sorria perante a conjetura favorável. O Penafiel, sem grande fio de jogo pelo chão, apostava na velocidade dos extremos em lançamentos longos. Tinha sido assim, aliás, que chegara à vantagem e a fórmula ia resultado, muito graças a um inquietante Aldair. André Fontes também surgia com regularidade na direita, comprovando a sua utilidade nos processos ofensivos.   

Golo anulado ao Vitória e o segundo para o Penafiel

Os adeptos presentes no Estádio 25 de Abril (continua em obras, com naturais constrangimentos em dias de jogo) estavam satisfeitos com a atitude renovada da equipa. Uma dose de sofrimento, misturada com crescente ansiedade, bastou para garantir o triunfo e os primeiros pontos – três – na Liga.

De qualquer forma, fica a menção honrosa para o Vitória pela sua resposta após a expulsão de Advíncula (esteve melhor a jogar com dez, curiosamente). Os sadinos chegaram a balançar as redes contrárias, ao minuto 62. Porém, Dani estava em posição irregular, após cabeceamento de Frederico Venâncio ao poste.

Seria o Penafiel a marcar, pouco depois, por intermédio de André Fontes. Aqui, a formação sadina queixa-se de braço de Guedes, que amorteceu a bola para o médio. Duvidoso. Sobrou tempo para a expulsão de Manú por acumulação – sem dúvidas – num jogo repleto de incidências.