A FIGURA: André Claro
É o segundo avançado do Vitória e isso obriga-o a recuar metros e a sacrificar-se muitas vezes em prol da equipa. Incansável na procura de espaços para ajudar a equipa a sair para o ataque com qualidade. Não terá feito o melhor jogo desde que chegou a terras do Sado, mas estava lá no momento certo. E não é isto que se pede a um avançado? Saiu aos 87 minutos ovacionado pelos cerca de 3 mil adeptos sadinos que se deslocaram ao Bonfim.
 
O MOMENTO: golo de André Claro, 51'
Suk encontrou espaço entre a defesa do Estoril e rematou frouxo. A bola parecia fácil, mas ia enrolada e Kieszek não conseguiu segurar. Na recarga, André Claro não desperdiçou a oferta e deu ao Vitória o primeiro triunfo da época no Bonfim.

CRÓNICA DO JOGO
 
OUTROS DESTAQUES
 
Suk: nunca vira a cara à luta. Desta vez ficou em branco, mas esteve em quase todos os lances perigosos do V. Setúbal. Atirou ao poste a fechar a primeira parte e foi dele o remate que Kieszek defendeu para a frente na jogada do golo de André Claro.
 
Nuno Pinto: a tarefa de anular Bruno César não era fácil, mas raramente foi ultrapassado pelo brasileiro. Ainda conseguiu incorporar-se bem em algumas manobras ofensivas. Já perto do intervalo, fugiu bem pela esquerda e serviu Suk no lance mais perigoso dos sadinos em toda a primeira parte: o sul coreano cabeceou ao poste. Tem um pé esquerdo que dispensa apresentações.
 
Costinha: começou o jogo no centro e foi deslocado para o flanco esquerdo após a saída de Ruca. É mais perigoso quando parte da faixa, mas não deixa de ser competente quando joga pelo miolo. Nos primeiros minutos da partida descobriu Arnold nas costas da defesa do Estoril,  mas Diego Carlos recuperou bem e tirou o pão da boca ao congolês. Voltou a fazer um jogo competente.
 
Fábio Pacheco: foi lançado por Quim Machado no início da segunda parte e a verdade é que os sadinos ganham metros no terreno. Emprestou a capacidade de pressão que estava a faltar nos primeiros 45 minutos.
 
Afonso Taira: com a chamada de Anderson Esiti ao onze, o médio canarinho assumiu funções mais ofensivas do que aquelas a que está habituado. Não é particularmente rápido, mas decide quase sempre bem os lances. Foi dele a melhor ocasião de golo do Estoril no primeiro tempo, aos 32’. Faltou-lhe instinto matador e quis servir um companheiro quando o que se lhe pedia era o remate. Recuou no terreno após a saída de Anderson Esiti e perdeu preponderância na manobra ofensiva da equipa.
 
Leo Bonatini: com Chaparro deslocado para a faixa esquerda (devido à ausência de Gerso por lesão), faltou-lhe o suporte de outras alturas. Esteve sempre muito sozinho lá na frente e a verdade é que era difícil fazer melhor. Ainda assim, dificultou a vida à defesa sadina. Esteve perto do golo aos 39’, depois de aproveitar um deslize de Rúben Semedo. Já perto do final, teve nos pés o golo do empate, mas falhou o remate.


Luiz Phellype: entrou bem no jogo. Com ele, o Estoril passou a chegar com perigo ao ataque. Esteve em algumas das melhores oportunidades dos estorilistas. Ao 68 minutos chegou ligeiramente atrasado a um cruzamento da esquerda e, já nos descontos, serviu Leo Bonatini que, em boa posição para marcar, permitiu o corte de Rúben Semedo.