Taça: V. Setúbal-Arouca, 1-0 (crónica)

O V. Setúbal garantiu o apuramento para a quarta eliminatória da Taça de Portugal num daqueles jogos que teve um toque do jeitinho brasileiro de ser.

Mas por partes.

Antes de mais convém deixar bem claro que o triunfo é justo: o Vitória foi a equipa que mais fez para ganhar, perante um Arouca que sentiu extremas dificuldades em criar futebol ao ponto de traduzir esse futebol em ocasiões de finalização.

Verdadeiramente, daqueles remates que são ocasiões de golo, há a apenas a registar um excelente tiro de David Simão, a rasar a trave, e um remate em boa posição de Artur, que sai fraco, mas perto do poste. Ambos na primeira parte.

Por aqui já se percebe como o Arouca foi muito pouco ameaçador.

O Vitória, que não tinha nada a ver com isto, claro, aproveitou para ganhar com justiça. Como já se disse, foi uma vitória cheia daquele toque do jeitinho brasileiro de ser: basicamente porque teve dois reforços brasileiros, dois jovens, aliás, na origem de tudo.

Confira como vivemos o jogo ao minuto no estádio

Antes de mais, Yann. O médio ofensivo, de apenas 19 anos, fez a estreia com a camisola do V. Setúbal, e gratificou a estreia com um golo.

Um grande golo, aliás: aos 22 minutos, recebeu uma bola alta, dominou na coxa e, sem deixar cair, atirou forte, a bola bateu no poste e fez o resultado final.

Depois veio João Schmidt. O médio de 22 anos, também ele um brasileiro a fazer a primeira época em Setúbal, entrou curiosamente para o lugar de Yann e, numa altura em que o Arouca tentava apertar na procura do empate, trouxe posse de bola à equipa.

Com critério e visão de jogo, pousou o futebol, acalmou-o, fê-lo circular entre jogadores do Vitória, deixando o tempo correr e o Arouca perder aquela vertigem final de querer fazer tudo muito depressa: não conseguia fazer tudo e muito menos o fazia depressa.

Talvez por isso, de resto, as melhores ocasiões de golo da segunda parte até foram do Vitória: sobretudo num remate de Manú que levou a bola a rasar a trave.

Na primeira parte num lance de génio de Yann, que deixou Zequinha na cara de Ricardo Batista, a dois metros da baliza, já tinha também desperdiçado excelente ocasião para fazer o segundo golo.

Por isso nada a dizer: o V. Setúbal segue em frente e segue muito bem.