Daniel Wass ainda tenta recuperar de um problema físico, mas as limitações do dinamarquês não têm eco no discurso. O lateral-direito, que pode jogar a médio também, é ambicioso e que quer «ganhar tudo, sem deixar nada para os outros».

«Estou desejoso para começar a treinar, melhoro diariamente e estou ansioso para iniciar os treinos», diz Wass, o único defesa-direito de raiz que Jesus tem à disposição, enquanto Maxi Pereira está com a selecção uruguaia.

«Se tenho vantagem sobre o Maxi por isso? Não creio, ele é um grande jogador e estou ansioso para que ele chegue, ainda sou jovem e tenho muito a aprender», frisou o dinamarquês, antes de mais uma sessão no Seixal.

Wass tanto pode jogar na defesa como no meio-campo, mas explica que «o treinador ainda disse onde quer que jogue», até porque, lembra, está «a levar as coisas com calma», uma vez que está lesionado.

Com 22 anos, o internacional sub-21 pela Dinamarca mostra-se maravilhado com a realidade que encontrou. «Lisboa é uma cidade bonita, o centro de estágios também é muito bom, é espantoso estar no Benfica, os treinos têm tido muita gente, é fantástico», declara, com entusiasmo. «Há muita qualidade na equipa, é tudo fantástico, é a primeira vez que passo por esta situação», acrescenta.

«Parecido com Coentrão? Na Dinamarca somos todos loiros»

Tal como Matic, Wass também ainda dá os primeiros passos no Português. Sabe «dizer algumas coisas», mas não se arrisca ainda. Sobre os colegas também tem um discurso politicamente correcto. «Todos têm as suas características, são bons e rrefiro não destacar ninguém», afirma.

Já o facto de alguns o confundirem com Coentrão pelo cabelo, brinca e lembra: «Não somos parecidos, na Dinamarca somos todos loiros.»

Por fim, a ambição. «Quero ganhar tudo, se possível não deixar nada para os outros. A Liga dos Campeões? É complicado, mas veremos», atira.

Wass também compara a realidade do Brondby com a encarnada. «O Benfica é muito maior, estou muito contente por aqui estar, é tudo diferente, o trabalho de campo também, aqui trabalha-se a um nível superior», disse, para sorrir depois, numa pergunta sobre o clima: «Apesar do calor continuo branco, tenho de sempre de colocar protector solar.»