Zeferino Boal, membro do Conselho Leonino, defende a necessidade de discutir o futuro do Sporting, algo que não acredita ser possível no processo eleitoral agora lançado pela demissão em bloco dos órgãos sociais.

«Primeiro, quero dizer que imperou o bom senso e a sensatez para não ocorrer a Assembleia Geral. Eu defendi, no Conselho Leonino de 28 de novembro, um debate sério para se apontar caminhos para o clube, mas o Conselho Leonino não o quis assumir e agora vamos entrar em novo processo eleitoral e não se discute o clube», afirmou, à agência Lusa.

Zeferino Boal entende que a queda dos órgãos sociais, anunciada nesta segunda-feira, cria uma «paz podre». «Enterraram o machado de guerra e decidiram avançar para um cenário de eleições, sem se discutir o clube. É preciso saber, por exemplo, qual o modelo para o futebol, e não é assim, num período de campanha, que se faz uma discussão de forma séria», reiterou.

O membro do Conselho Leonino não descarta, depois, apresentar-se ao ato eleitoral de 23 de março: «Cheguei há pouco do estrangeiro, onde estive em reuniões para possíveis apoios, como no caso de Angola, e agora estou a refletir.»