Nome: Zoltan Czibor

Data de Nascimento: 23/08/1929 falecido a 30/08/1997 (em Budapeste, devido a cancro)

Posição: Extremo-esquerdo

Nacionalidade: Húngaro

Internacionalizações: 43

Golos pela seleção: 17

Período de atividade: De 1948 a 1966

Clubes representados: Ferencvaros, Csepel, Honved, Barcelona e Espanhol e Hungria Toronto

Principais títulos conquistados: quatro vezes campeão da Hungria pelo Ferencvaros (48/49) e pelo Honved (51/52, 53/54 e 54/55); duas vezes campeão de Espanha pelo Barcelona (58/59 e 59/60); campeão olímpico nos Jogos de 1952, em Helsínquia; vice-campeão do mundo em 1954; duas vezes vencedor da Taça de Espanha (58/59 e 62/63); duas vezes vencedor da Taça das Cidades com Feira (57/58 e 59/60)

O «pássaro louco». Czibor era um mestre da fantasia, um dos melhores representantes da Hungria de ouro da década de 50. Jogava a ponta-esquerda, um lugar que lhe dava a liberdade que necessitava para recriar a sua arte.

Zoltan Czibor começou a brilhar no Ferencvaros, o seu primeiro clube na Hungria e pelo qual obteve o primeiro título nacional, no final da década de 40. O serviço militar ditou uma mudança de clube, saltando para o Honved, o grande clube húngaro dos anos 50, exatamente a altura em que a Hungria era uma das maiores potências futebolísticas do Mundo.

E foi no Honved que a magia do seu futebol despertou a atenção dos maiores da Europa: somou três títulos nacionais em cinco épocas. Na mesma altura, Czibor participou nos êxitos da seleção magiar. Foi peça importante da medalha de ouro conquistada pela Hungria nos Jogos Olímpicos de 1952, em Helsínquia, e do segundo lugar no Campeonato do Mundo de 1954, na Suíça. Marcou, mesmo, um golo na final, que a RFA venceu por 3-2.

O percurso imparável de Czibor no Honved e na selecção húngara foi interrompido com um acontecimento extra-futebol. Em 1956, a intervenção soviética na Hungria ocorreu durante uma digressão do Honved à América do Sul. Alguns jogadores voltaram. Czibor foi um dos que aproveitaram para fugir para o Ocidente. Esteve dois anos suspenso pela FIFA, mas apareceu em 1958 no Barcelona, juntando-se a Kocsis e Kubala, seus compatriotas e companheiros de seleção.

Em Barcelona viria a conhecer os momentos mais altos da sua carreira em clubes. Os êxitos somados (dois campeonatos e duas taças de Espanha, e ainda duas Taças das Cidades com Feira) amenizam a segunda grande frustração da vida futebolística de Czibor: o facto de ter perdido a final da Taça dos Campeeões Europeus, em Berna, frente ao Benfica, corria a época de 1960/61. A 31 de Março de 1961, os encarnados levaram a melhor, por 3-2. Czibor fez um golo aos 75 minutos, diminuindo então desvantagem dos catalães. Nos 15 minutos finais, o Barcelona não conseguiu empatar e deu o título europeu ao Benfica. Os catalães tiveram que esperar mais de três décadas para chegar ao ceptro europeu.

A saída de Barcelona deu-se para o «rival» Espanhol, já numa fase descendente da carreira do «pássaro louco». Foi o penúltimo clube de Czibor, que arrumou as botas no Canadá, ao serviço do Hungria Toronto.