A Académica aproveitou bem os dois jogos consecutivos em casa e, frente a equipas em crise, o P. Ferreira na semana passada, e o Gil Vicente este domingo, somou seis pontos, e voltou a dar um salto na classificação, agora para mais perto do primeiro terço da tabela.

Mais: os estudantes conseguiram somar três vitórias consecutivas pela primeira vez esta época, contando um o jogo para a Taça de Portugal. Quer isto dizer que, em 2014, a equipa de Sérgio Conceição só sabe ganhar

Já os galos estão a cair a pique. Todos anos, mais coisa menos coisa, aparece uma equipa assim. Faz uma primeira volta surpreendente e o oposto na segunda metade do campeonato. Jorge Jesus, nos primórdios como treinador, teve essa experiência em Felgueiras…

A vitória foi, todavia, bastante sofrida, pois foi preciso esperar até ao minuto 93 para ver Djavan acertar, por fim, com as redes gilistas, castigando uma equipa que, até então, não fizeram mais nada senão defender.

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A primeira parte do jogo foi para esquecer. Metidos lá atrás, os gilistas não arriscavam um milímetro e os estudantes, também pouco à vontade em ataque continuado, bem tentaram desmontar aquela armadura, mas sem sucesso.

A juntar a isso, Duarte Gomes abordou o jogo com um zelo despropositado, levando à interrupção permanente da partida e chegou ao fim dos 45 minutos com cinco cartões amarelos, a maior parte deles injustificados.

Lá dentro, os jogadores procuraram seguir as instruções dos treinadores, ambos apostados na contenção inicial para tentar alguma coisa mais na segunda parte. O resultado disto foi que apenas a Académica teve situações de relativo perigo e apenas uma, em rigor, digna desse nome.

Foi num remate de Cleyton, com Adriano a defender em dificuldade, mas sem direito a uma emenda acertada. Aliás, aquilo que mais faltava à Briosa era mesmo o acerto no ataque. Ganhou livres, um deles na meia-lua, cantos e cruzou a rodos, mas o pior foi enganar Pecks e seus pares. Simplesmente inexpugnáveis.

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

A segunda metade do jogo, efetivamente, um pouco mais movimentada, fruto da tentativa do Gil de subir alguns metros no terreno. Os galos revelaram algumas melhorias, uma pitada de atrevimento, mas ficaram-se por ai.

A Académica voltou a ter as despesas do jogo, estreou Salvador Agra, procurando assim refrescar as alas, e trouxe mais emotividade e expetativa para os momentos finais. Que se resumiram, no fundo, a uma Briosa a tentar como podia chegar ao golo perante um conjunto gilista a fazer o mesmo, mas a defender e a gerir os tempos de jogo.

Até que, mum livre, já com três minutos de descontos, depois de tanto resistir, os galos não conseguiram neutralizar Djavan e, com o golo, finalmente houve música afinada. Por outras palavras, fez-se justiça. Tarde, mas chegou,