A final da Taça da Liga ficou marcada pelo equilíbrio na primeira parte e pela superioridade absoluta do Benfica no segundo tempo,
 
Antes de mais é necessário dizer que o Marítimo estudou bem a lição. A formação de Ivo Vieira esteve sempre muito organizada, raramente se desmontou defensivamente e por isso perdeu poucas bolas na primeira zona de construção.
 
Na primeira parte, por exemplo, perdeu apenas sete por cento de todas as bolas que teve na primeira zona de construção. 82 por cento das perdas de bola aconteceram aliás a mais de quarenta metros da baliza, e por isso em zonas de pouco perigo imediato.


 
Ora por isso o Benfica fez apenas quatro remates em toda a primeira parte, sendo verdade que marcou um golo, sim, mas em sequência de uma bola parada.
 
Já o Marítimo não marcou, mas fez três remates, num sinal de equilíbrio, lá está.
 
A segunda parte até começou com o golo do Marítimo, é verdade, mas a partir daí o Benfica partiu para um período de intenso domínio e grande facilidade em criar situações de finalização.
 
A ideia que fica, portanto, é que quando precisou de chegar ao golo para vencer o jogo, os encarnados carregaram no acelerador e impuseram natural superioridade.


 
Na segunda parte recuperou 56 por cento das bolas da zona de construção para a frente, o que permitiu à equipa sair em transições ofensivas com rapidez e chegar à zona de remate com mais facilidade e com mais regularidade do que tinha feito na primeira parte.
 
Por isso o Benfica fez treze remates no segundo tempo, contra apenas quatro do primeiro tempo. O Marítimo também melhorou, fez seis remates contra três da primeira parte, mas não conseguiu acompanhar o Benfica, que impôs nesta segunda parte a superioridade.


 
Mas há mais.
 
O Benfica conseguiu criar perigo num dos outros momentos do jogo: as bolas paradas. Fez um golo, na primeira parte, conseguiu finalizar por mais três vezes e ainda criar uma situação de muito perigo. Em doze situações de bola parada, portanto, um golo, três remates e mais uma situação de bola parada.


 
Mas o maior fator de desequilíbrio, lá está, esteve na segunda parte: muito intensa.