Mario Balotelli conhece bem Roberto Mancini e José Mourinho, ambos seus treinadores no Inter e o primeiro também no Manchester City, mas se tivesse de escolher um apostava no italiano.

«Mourinho é um dos melhores. Mas, pessoalmente, escolheria primeiro Mancini e depois Mourinho. Um treinador tem de puxar 100 por cento de um jogador e Mancini é muito bom porque está a fazê-lo», elogiou o avançado italiano, em entrevista à edição italiana da revista Vogue Homem, deste mês de Janeiro.

Aos 21 anos, tem sete títulos conquistados entre Inter e ManCity e um deles será sempre especial. «O primeiro título é o melhor de todos, inesquecível [2007/08, campeonato italiano pelo Inter, com Mancini]. Claro que a conquista da Champions também me impressionou. O triplete [também ao serviço do Inter, mas com Mourinho no comando] foi uma conquista colectiva feita por um grupo ao qual me sinto emocionalmente ligado», contou.

Itália será sempre, por isso, uma opção a considerar. «Tenho 21 anos e há quase dois que estou fora de casa. Tenho-me adaptado bastante bem, apesar das grandes diferenças. Mas não tenho amigos verdadeiros aqui [em Inglaterra]. Se tivesse de sair agora, escolheria Itália», assumiu Balotelli.

Em Manchester tem feito as delícias dos tabloides ingleses, que não perdoam um passo em falso do internacional italiano (e têm sido vários). Balotelli lamentou a perseguição e mais ainda que a imprensa do seu país dê nova repercussão ao que lê.

«Se compro um Fiat Uno, leio que um tipo como eu devia andar de Ferrari; se apareço de Ferrari, escrevem que devia ter os pés assentes na terra e andar antes de Uno; se rio é porque não sou sério; se não rio é porque sou um puto rico que nem sabe divertir-se na melhor profissão do mundo», desabafou. «Em Inglaterra, os tabloides escrevem sobre qualquer coisa e exageram sempre. Mas o que mais me incomoda é em Itália amplificarem o que leem sem confirmarem, tomam tudo como certo», sustentou.