O Barcelona deu a volta no Cidade de Valência, aos 72 minutos, com um bis de Messi. Depois de estar a perder com o Levante desde os 23 minutos, após um penalty de Barkero, a penalizar bola na mão de Busquets, os blaugrana empataram apenas na segunda parte, aos 64. Pouco depois, novo castigo máximo, desta feita a favor dos visitantes e a punir falta de Botelho sobre Cuenca, e que o argentino não desperdiçou, igualando Cristiano Ronaldo com 41 golos.

Uma reta final feliz, que começou bem e acabou por correr mal. O Barcelona chegou ao final da primeira parte com quatro grandes oportunidades desperdiçadas, 70 por cento de posse de bola e uma entrada avassaladora.

Mas contra a corrente surgiu o golo do Levante, um penalty marcado por Barkero, a castigar bola na mão de Busquets. Na sequência de um canto, Víctor Valdés ajuizou mal o lance, defendeu para a frente, Juanfran tentou o remate e Busquets acabou por desviar com os braços. O árbitro assinalou de pronto o castigo máximo e mostrou o cartão amarelo ao espanhol.

O Barcelona não se deixou afetar e, aos 29 minutos, Munúa voltou a brilhar entre os postes, negando o empate a Messi.

Até ao apito para o descanso, o Levante esteve perto de voltar a marcar, por Pedro López, que recebeu a bola na frente e sem oposição atirou cruzado com a bola a passar muito perto do poste direito de Valdés.

Cuenca empurra e Messi decide

Na segunda parte, Guardiola tirou Xavi para a entrada de Cuenca (46m), pouco depois trocaria Pedro por Iniesta (54m), mas pelo meio o treinador catalão sofreria um grande susto.

Valeu Puyol e o desperdício de Barkero, depois de Koné roubar a bola a Thiago Alcântara e arrancar para o contra-ataque. O marfinense serviu Barkero na esquerda, o espanhol tentou devolver, mas atrapalhou-se com a saída de Valdés e foi o capitão blaugrana quem acabou por evitar o pior.

Do outro lado, o guarda-redes uruguaio não se poupava a esforços e a meia hora do fim mais uma intervenção decisiva, a remate de Adriano.

O empate demorou mas chegou aos 64 minutos, por Messi, claro. Foi o 40º golo do argentino no campeonato (menos um que Cristiano até então e que acabaria por igualar) e mais uma marca histórica para o avançado, que também igualou outro Ronaldo, o «fenómeno», com dez jogos consecutivos a marcar na prova. A jogada iniciou na direita em Cuenca (uma boa aposta de Guardiola), que serviu Messi no meio, o argentino tabelou com Alexis na esquerda e do mesmo sítio bateu Munúa pela primeira vez.

Voltaria a fazê-lo uma segunda vez, aos 72 minutos, também de penalty. Cuenca conquistou a oportunidade após um ombro-a-ombro com Botelho.

O campeão espanhol acusou a pressão em Valência frente a um Levante com aspirações europeias, sobretudo depois de o Real Madrid também ter dado a volta em casa, frente ao Sp. Gijón, num encontro marcado pela polémica.

Tratava-se, tal como aconteceu com o rival merengue, de uma jornada fundamental para os blaugrana, uma vez que na próxima ronda (35ª) haverá clássico em Camp Nou e as equipas continuam separadas por quatro pontos. Pelo meio (quarta-feira), o Barcelona viajará até Stamford Brigde, para defrontar o Chelsea na primeira mão das meias-finais da Champions.

Equipas:

LEVANTE

Munúa; Pedro López, Ballesteros, Cabral e Juanfran; Xavi Torres (Juanlu, 89) e Iborra; Valdo, Barkero (Suárez, 89) e Botelho (Ghezzal, 80); Koné

BARCELONA

Valdés; Puyol, Mascherano e Adriano; Thiago, Busquets, Xavi (Cuenca, 46) e Fàbregas; Alexis (Dani Alves, 75), Messi e Pedro (Iniesta, 54)