Jorge Jesus fez algumas alterações na equipa, em relação ao jogo da Supertaça com o F.C. Porto, colocando Sidnei no centro da defesa - Luisão estava lesionado -, Maxi Pereira na direita e Javi Garcia no meio-campo, em vez de Airton. Fábio Coentrão recuou para a sua posição de lateral-esquerdo, enquanto Carlos Martins ficou no banco.
Bom arranque, má reacção
Os encarnados entraram mais consistentes na partida, com solidez na defesa e Javi Garcia a destacar-se no seu trabalho à frente do quarteto mais recuado. Mas, enquanto a Académica encontrava algumas dificuldades para chegar com perigo junto da baliza de Roberto, o Benfica, apesar de dominar, também não conseguia criar verdadeiras jogadas de perigo. Rondava a área dos «estudantes», mas sem sucesso. Excepção feita a uma jogada na esquerda entre César Peixoto, Saviola e Coentrão, com o lateral a rasgar na área e a rematar cruzado, frente ao guarda-redes Peiser, mas a ver o seu tiro cortado por um adversário.
Nas bancadas, os adeptos encarnados, empolgados desde o primeiro segundo, ficaram em silêncio aos 26 minutos. Após um livre marcado na meia esquerda por Diogo Valente, Sidnei falhou a marcação a Miguel Fidalgo e o avançado cabeceou para o fundo das malhas.
O golo gelou a Luz e, no campo, os jogadores encarnados não conseguiram da melhor forma à desvantagem. A precipitação e a desconcentração redundavam em muitos passes falhados. E nesse capítulo falhava o acerto de Aimar. César Peixoto, que foi substituído ao intervalo por Franco Jara, também acabou por não ser feliz.
Nervos, um golo argentino e o balde de água fria
A segunda parte começou com os nervos à flor da pele e, cinco minutos depois do reinício da partida, a Académica ficou reduzida a dez unidades: Addy viu o segundo cartão amarelo por uma falta sobre Saviola. A calma voltou a faltar pouco depois, quando os «estudantes» se preparavam para fazer duas substituições e David Luiz protestou veemente contra Diogo Valente, que demorou a sair.
De volta ao jogo, os benfiquistas voltaram a vibrar aos 62 minutos, com o golo de Franco Jara. Após uma bonita jogada na esquerda de Fábio Coentrão, que fez um túnel a Diogo Melo, o cruzamento saiu para o centro da área, onde Jara mergulhou para rematar certeiro com o pé direito.
Em vantagem, o Benfica chegava muitas vezes junto da baliza de Peiser, já com Carlos Martins (rendeu Maxi) e Weldon (substituiu Aimar) em campo. Mas, perante uma Académica que defendia com tudo, a concretização falhava. E falhou até ao apito final.
Já nos descontos, foi a Académica que sorriu com um golo de Laionel, que rematou de longe, após uma jogada do recém-entrado Júnior Paraiba. Os estudantes festejaram efusivamente. Na pasta, estavam os três pontos.
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Benfica-Académica, 1-2 (destaques)