A figura: Enzo
Mais uma exibição à sua imagem. Nem sempre feliz, às vezes a complicar de mais, mas de um sacríficio enorme, e de uma influência indiscutível. Fejsa não ficou «preso» aos centrais, mas ainda assim o argentino foi uma vez mais «gigante» a meio-campo. Até cansa ver as vezes que vai junto dos centrais pegar na bola e depois a conduz até ao ataque, para ao jeito de um carteiro entregar quase em mãos (em pés, no caso). Até viu cedo um cartão amarelo que o tira da próxima jornada, mas que não o condicionou. Marcou o golo da tranquilidade e cedeu às lágrimas, mas deixou os adeptos encarnados de sorriso rasgado. Saiu a cinco minutos do fim e os adeptos cantaram o seu nome, com toda a justiça.

Positivo: solidez encarnada
A vitória benfiquista nunca pareceu verdadeiramente em causa. A primeira parte foi de superioridade clara, e mesmo no período do segundo tempo em que o Sporting cresceu ligeiramente, a equipa da casa mostrou a coesão necessária para segurar a vantagem que já tinha. Exibição muito sólida.

Negativo: faltou inspiração à dupla de ataque
Ao Benfica faltou um pouco mais de inspiração na frente de ataque. Lima trabalhou bastante, mas não conseguiu encontrar espaço para a finalização, e nesse capítulo Rodrigo esteve infeliz, falhando dois ou três lances claros.

Outros destaques:

Fejsa
Parte da chave tática do jogo assentava na influência dos «novos» médios defensivos, e neste capítulo o sucessor do transferido Matic levou claramente a melhor sobre o substituto do castigado William Carvalho. Fejsa não se intimidou com a presença de Montero nas costas de Slimani, e soltou-se para a luta intermédia, para juntamente com Enzo levar a melhor sobre o meio-campo leonino, muito dependente de Adrien. O sérvio destacou-se sobretudo na primeira parte, recuperando muitas bolas e depois entregando de forma simples e rápida. Foi assim no lance do golo de Gaitán, que começou num desarme a Adrien, a meio-campo.

Luisão
O Sporting atacou menos do que seria de esperar, mas assim sempre que chegou à área encarnada deparou-se com uma fortaleza chamada Luisão. Atento sobretudo ao poder áereo de Slimani, o capitão benfiquista esteve irrepreensível. Aos 24 minutos até esteve perto de marcar, aparecendo ao primeiro poste para um desvio com o pé direito que saiu ligeiramente por cima.

Gaitán
Dispôs de uma oportunidade soberana logo no primeiro minuto, mas hesitou demasiado na hora do remate. Redimiu-se aos 27, inaugurando o marcador de cabeça (!), a cruzamento de Maxi. Na segunda parte apareceu mais móvel, à procura de espaços, e criou muitas dificuldades à defesa sportinguista.