O Benfica entrou a perder na Liga dos Campeões de 2023/24, e agora vai ter de lutar contra a história. 

Porquê? Porque as águias nunca se apuraram para a fase a eliminar da prova desde que a Champions tem fase de grupos, ou seja, desde 1991/92, aí ainda como Taça dos Campeões Europeus.

Nesse ano, e numa fase em que só o primeiro classificado se apurava para o chamado «mata-mata», os encarnados entraram a perder na primeira jornada, frente ao Dínamo Kiev. Começou aí a desenhar-se o terceiro lugar no grupo, liderado no fim pelo Barcelona.

Depois, já como Liga dos Campeões, o Benfica entrou na edição de 1998/99 com uma derrota frente ao Kaiserslautern, na Alemanha – a equipa germânica acabaria por passar.

Quase dez anos depois, e numa altura em que já se apuravam os dois primeiros classificados de cada grupo, o Benfica de Jose Antonio Camacho foi perder a San Siro com o Milan – campeão europeu nesse ano – por 2-1: Pirlo e Inzaghi marcaram para os rossoneri, Nuno Gomes reduziu aos 90 minutos para a formação portuguesa.

Russos e alemães, carrascos recorrentes nas últimas oito épocas

Nas últimas oito temporadas, foram quatro as vezes em que uma derrota a abrir condenou o Benfica ao insucesso na Prova Milionária.

Em 2014/15, Artur Moraes foi expulso aos 18 minutos e deixou os encarnados reduzidos a dez unidades – um filme visto esta noite. Antes, Hulk, ex-FC Porto, já tinha feito o gosto ao pé, e Witsel, antigo jogador do clube da Luz, fechou as contas pouco depois.

Em 2017/18, novo desaire em casa perante uma equipa russa, no caso o CSKA Moscovo (2-1), naquela que viria a ser a pior fase de grupos da história das águias, então com Rui Vitória no comando técnico.

Por último, e em dois anos seguidos, o Benfica caiu – novamente na Luz – com equipas alemãs: primeiro o Bayern, em 2018/19, e depois o Leipzig.

Por isso, e depois da derrota desta noite diante do Salzburgo, a história não sorri aos homens de Schmidt: agora é só lutar contra ele.