Diego Buonanotte voltou aos treinos com a equipa do River Plate, um mês e meio depois do acidente automóvel de que foi o único sobrevivente. O jovem craque argentino não tem ainda no entanto um prazo para o regresso. Por enquanto, vai tentando viver com a tragédia.
«Por agora o que menos importa é o futebol. Sei que me vai ajudar muito voltar a jogar, mas não é o mais importante», conta Buonanotte numa entrevista ao jornal «Olé», na qual revela que toma comprimidos para dormir, que não se lembra muito do acidente nem quer lembrar-se, que tem acompanhamento psicológico e que se refugia na religião. Em termos físicos, ainda recupera de uma fractura no úmero e já faz trabalho de força, mas não pode correr.
Também diz que tem de continuar, em memória dos seus três amigos que morreram no acidente do final de Dezembro, quando viajavam num automóvel conduzido por Buonanotte: «Os meus amigos queriam que eu jogasse à bola. Um era fanático do Boca e os outros dois do River. Desejavam-me sempre o melhor e então por eles tenho que seguir em frente.»
A propósito da forma como o jogador lida com o que se passou, o jornalista pergunta a Buonanotte se conversou com o agora portista Falcao, «que é muito religioso». «Não falei com o Radamel mas estive em contacto com o Fito Cuiña (ex-dirigente), que foi muito à clínica e me disse que o Falcao lhe ligou, que não conseguiu comunicar comigo e me mandava cumprimentos», responde Buonanotte.