Figura: César Peixoto

João de Deus tem feito muitas mexidas na equipa, e em particular no meio.campo. Apenas o experiente capitão não sai de cena. Percebe-se porquê. É o elemento mais sereno deste Gil Vicente, não se deixa afetar pelos resultados e pauta o jogo gilista. O pontapé livre cobrado ao poste no decorrer da primeira parte é sinónimo da sua qualidade. Teve a frieza necessária para bater Kieszek na marca dos onze metros dando o triunfo ao Gil Vicente. Que festa dos jogadores do Gil!

Momento: o penálti de César Peixoto (minuto 78’)
Ozeia foi ingénuo na forma como travou Hugo Vieira no interior da área. César Peixoto, capitão de equipa, não se fez rogado e assumiu a responsabilidade da conversão: conciliou jeito e força, sem hipóteses para o guardião sadino.

OUTROS DESTAQUES:

Ricardo Horta: irrequieto e sempre em jogo, constituiu uma ameaça ao setor mais recuado do Gil Vicente. O extremo canhoto do V.Setúbal foi o autor dos principais lances de ataque da equipa de José Couceiro. Esboçou vários remates, quase sempre de fora da área, exigindo intervenções difíceis a Adriano Facchini.

Hugo Vieira: o ataque gilista está entregue quase que por exclusivo ao reforço de inverno proveniente do Sp. Braga. Caetano e Avto esforçaram-se e lutaram muito, mas sem a preponderância e a capacidade de chegar à baliza revelada por Hugo Vieira. Foi quase sempre a via encontrada pelos comandados de João de Deus para tentar visar a baliza de Kieszek. Esteve em destaque ao tentar por várias vezes chegar ao golo, sem sucesso, mas fica ligado à história do jogo ao cavar a grande penalidade e, depois, a expulsão de Ozéia.

Pedro Tiba: dos seus pés saem apontamentos de genialidade. O jovem médio de 25 anos recrutado pelo V.Setúbal ao Tirsense, do Campeonato Nacional de Seniores, impõe o seu futebol sem dificuldades. Criatividade não lhe faltou.