Estrela

Matic foi sem dúvida o melhor em campo. Impressionante a disponibilidade para o choque, a generosidade a fechar zonas que eram dos colegas. No Benfica-FC Porto, na primeira volta, fez provavelmente a melhor exibição com a camisola encarnada. Esta noite não foi tão exuberante. Nem era preciso para estar tão acima de todos os outros. Enzo Pérez foi um bom companheiro.

Destaques do Sporting: Martins, Dier e pouco mais

Positivo

Gaitán contribuiu muito para alguns dos melhores momentos do Benfica. É verdade que algumas vezes a bola não lhe respondeu como queria, mas a sua velocidade e vontade procurar sempre caminhos diferentes ajudaram os adeptos a acreditar que a vitória seria vermelha. Não por acaso esteve nos dois golos encarnados, o que é dizer muito.

Negativo

Melgarejo, perdido. O paraguaio tem feito por não nos lembrar que não nasceu para lateral esquerdo. Mas de vez em quando percebe-se. O bom arranque do Sporting na Luz foi muito conseguido à custa da exploração das fragilidades de colocação de Melgarejo. Bruma, Wolfswinkel e Miguel Lopes combinaram bem. Más definições e também mau sentido de oportunidade. Não raro subiu de mais, oferenco espaço ao Sporting.

Momento

Sálvio, de repente. Gaitán tinha tentado por diversas vezes encontrar a linha, escapar a Miguel Lopes ou pelo menos desequilibrar entre Dier e Rinaudo. Nada. Dessa vez, aos 36 minutos, encontrou espaço e centrou forte, rasteiro. Lima era o destinatário. Falhou. A bola continuou a rolar e de repente, chegado do nada, Sálvio disse sim. Joãozinho só percebeu quando a bola, rematada pelo argentino, fez um som seco na rede. Mais uma vez Sálvio aparecia para resolver. Um pouco como em Newcastle, mas desta vez com mais gente na área e finalização em força. Voltou a estar muito bem no lance do segundo golo.

Outros destaques

Lima esteve sempre muito disponível. Cardozo entregou-se aos centrais, no seu estilo, mas o brasileiro caiu muitas vezes nas alas, sobretudo à esquerda, tentando com esta movimentação criar dúvidas no espírito de Dier e Rinaudo. Rápido, leve, solto, Lima conseguia depois aparecer perto de Cardozo, na finalização. Quando ficou só na frente, marcou. Ele que tinha recebido o prémio de melhor do mês, antes do jogo começar.

Cardozo

Não escondeu a insatisfação por sair antes dos 70 minutos, mas a verdade é que o paraguaio acrescentou pouco à equipa. Jesus procurou em Ola John mais velocidade, passando Gaitán para o apoio a Lima e colocando o brasileiro entre os centrais. Deu certo, como se viu no segundo golo. Jorge Jesus teve razão, resta a Cardozo procurar humildade que deixou algures no relvado.