Estrela

O Sporting não teve propriamente uma estrela. Também nunca teve um jogador que estivesse sempre ao melhor nível. Bruma entrou bem. Os centrais comportaram-se de forma razoável durante muito tempo. Wolfswinkel deu trabalho. Rinaudo andou por ali. André Martins foi quem mais pegou na equipa. Sim, tudo isto é verdade. Mas Jesualdo Ferreira precisava de mais, mais tempo. E isso não teve.

Positivo

O meio-campo. O Sporting apareceu muito bem organizado, quase tudo por causa do posicionamento e dinâmica do meio-campo pensado por Jesualdo Ferreira. Os leões escolherem ficar dois para dois com Lima e Cardozo. Dier limitava-se a não escapar muito da zona central. Mas não recuava a não se rque fosse necessário. Rinaudo, pelo contrário, subia à procura de Enzo. André Martins ficava com Matic. Quer dizer, pelo menos tentava. Isto sem bola. Quando a tinha rapidamente André Martins procurava os alas e Wolfswinkel, por vezes desequilibrando os médios encarnados. Numa ou outra jogada não esteve londe de resultar em muito perigo.

Negativo

Joãozinho. Nem é pelo primeiro golo. Mas também. É um pouco cruel escrever assim, mas foi sempre a ideia que deu: o desequilíbrio poderia estar ali, no duelo entre o lateral esquerdo do Sporting e Sálvio, um dos melhores do Benfica. E esteve. No golo percebeu tudo tarde de mais. Antes já tinha sido passado com uma bola por cima. Não é justo dizer que o argentino derrotou o português por ko. Mas lá que derrotou, sobre isso nenhuma dúvida. Melhorou na segunda parte, mas o segundo golo apareceu pelo seu lado. Capel não esteve melhor e acabou por sair aos 64 minutos, sem sombra de glória.

Momento

Logo aos seis minutos Wolfswinkel escapou a Garay e o lance só foi anulado pela boa saída de Artur. No instante seguinte, Capel por pouco não ganha a frente a Maxi. Aliás, ficam dúvidas sobre o lance. A boa entrada do Sporting surpreendeu e poderia ter ajudado a escrever uma história diferente.

Outros destaques

O Sporting trabalhou muito bem os cantos. Dier e Ilori colocavam-se sempre no poste mais distante da bola. O médio inglês não esteve longe de fazer golo logo na primeira oportunidade. Depois Jesus percebeu e colocou ali Enzo, para pelo menos não deixar dois dos mais altos do Sporting à solta. E a boa ideia foi perdendo força.

Dier

Saiu por lesão aos 64 minutos mas enquanto esteve em campo foi uma das referências do Sporting. Muito bem a defender, excelente quando foi preciso empregar o físico, consistente no ataque e poderoso nas bolas altas. Um jogador que cresce a cada partida, o que lhe dava jeito era jogar três vezes por semana.

Pouca frescura

Um dos maiores problemas do Sporting foi a aparente falta de frescura de alguns jogadores. Miguel Lopes raramente conseguiu subir pela direita e saiu lesionado. Rinaudo foi caindo com o tempo. André Martins também. Bruma foi quem mais cedo deu sinais de precisar de ser substituído. Havia ali muita gente com utilização irregular durante a época. Como se não bastasse os que entraram também pouco ritmo têm.