Dez vitórias em dez jogos, 40 golos marcados, três sofridos. Tem de se dizer que a qualificação para o Euro2020 foi um caminho bem fácil para a Bélgica, num grupo com Rússia e Escócia como principais adversários.
A tática não mudou muito nos últimos anos. É fácil prever o onze titular da Bélgica quando todos estão aptos. Nos 26 convocados, quase não há novidades.
A Bélgica jogará com o mesmo sistema de 3-4-3 que tem usado nos últimos cinco anos sob o comando de Roberto Martínez, com um ala mais defensivo e um médio-ofensivo a atuar na mesma posição do lado esquerdo.
O principal ponto de discussão nos últimos meses foi a forma de Eden Hazard no Real Madrid. Eden tem-se debatido com lesões e não joga pela Bélgica desde novembro de 2019. Martínez disse: «Estou convencido de que veremos o melhor dele no Europeu.»
«Eden sempre teve bons jogos por nós e ele desempenha um papel importante - nunca decepciona. Tenho visto um Éden faminto nas últimas semanas. Está a sorrir de novo. Não tem jogado muito, mas isso também pode ser uma vantagem. Vai juntar-se à equipa como um novo jogador.»
No meio-campo Martínez terá de tomar decisões. Axel Witsel ainda está a recuperar depois de ter rompido o tendão de Aquile,s em janeiro. Será difícil estar apto a tempo, mas a Bélgica vai esperar até o último momento para substituí-lo, se for necessário.
«Não posso garantir que estarei apto para jogar seis ou sete jogos no Euro», diz Witsel. «Mas tenho lutado como um guerreiro para estar em forma a tempo.»
Witsel é considerado um jogador importante por Martínez. Um perfil único que adiciona equilíbrio à equipa e é crucial na construção e proteção de uma defesa veterana - Toby Alderweireld (32 anos), Jan Vertonghen (34) e Thomas Vermaelen (35) estão todos perto do fim das carreiras e já não são o trio mais móvel.
Se Witsel não recuperar a tempo, Leander Dendoncker ou Tielemans ocuparão o lugar na equipa titular. Dendoncker não é tão efetivo no passe como Witsel, mas o médio do Wolves adiciona qualidades diferentes. Kevin De Bruyne e Tielemans são bastante parecidos, pois ambos gostam de passes arriscados e ditam o ritmo, mas Tielemans diz que podem jogar juntos: «Vai depender apenas das tarefas que o selecionador nos der.»