Joachim Löw não tem um interesse particular por skate ou BMX, pelo menos que saibamos, mas no que diz respeito ao seu pessoal conseguiu fazer um '180' completo antes do Euro2020. Após o diabólico Campeonato do Mundo da Rússia em 2018, Löw anunciou que Thomas Müller, Mats Hummels e Jérôme Boateng não seriam convocados para a seleção no futuro. Agora, os dois primeiros estão de volta, com Löw a explicar no anúncio da convocatória: «Tínhamos de pensar em tudo. Fazer um Europeu com sucesso é nossa prioridade número um.»
Não há dúvida de que Müller, que está de volta ao auge das suas capacidades em termos de golos e assistências (fez umas incríveis 20 no campeonato pelo Bayern nesta temporada), vai fortalecer o ataque. Quanto a Hummels, pode não ter ritmo, mas a sua experiência deve estabilizar uma defesa instável. No entanto, Mats não será o líder da defesa: essa função caberá a Antonio Rüdiger, que se tornou um central de classe mundial sob o comando de Thomas Tuchel no Chelsea.
A pessoa mais importante na defesa, no entanto, continua a ser Manuel Neuer, a quem o 'rival' Bernd Leno chamou de «o melhor guarda-redes dos últimos 30, 40 anos». O meio-campo será uma zona interessante, neste verão. Foi aqui que a Alemanha teve dificuldades em 2018, quando ficou bem claro que os melhores dias de Sami Khedira tinham ficado para trás. Toni Kroos, Ilkay Gündogan e Kai Havertz são jogadores brilhantes, mas precisam de um varredor atrás deles, um Casemiro, e, neste verão, esse papel provavelmente será preenchido por Joshua Kimmich. No papel, é uma boa solução, mas não funcionou bem no jogo da Liga das Nações contra os Países Baixos, que ganharam a luta a meio-campo e venceram por 4-2.
Leon Goretzka é uma opção interessante, o único jogador box-to-box da equipa, e que deve estar em forma para jogar depois de recuperar de uma lesão. Löw é, garantidamente, um grande adepto do médio: «Podemos ver a sua força e poder. Ele empurra o jogo em termos de ataque e funciona muito bem na defesa.» Este é o último torneio de Löw, que apostou ao trazer de volta dois jogadores que trouxeram sucesso à Alemanha antes. Poderá isso acontecer de novo?