Proença na tomada de posse: «Enfrentamos desafios reais e raros»

Pedro Proença já é presidente da Liga. Tomou posse há minutos, eram 19.38 horas, na sede do organismo que gere o futebol profissional, em ato que lotou o Auditório João Aranha.
 
O sucessor de Luís Duque começou por felicitar o candidato derrotado: «Apresento-me, hoje, humildemente, perante vós e perante o desafio que temos à nossa frente, grato pela confiança que os clubes depositaram em mim e consciente dos sacrifícios que serão necessários para atingir os nossos propósitos. Agradeço ao meu antecessor, Dr. Luís Duque, pelo serviço que prestou à Liga de Clubes e ao Futebol profissional português, assim como a graciosidade que demonstrou durante esta transição.»
 
Para Proença, a Liga tem tudo para dar certo, apesar das dificuldades: «Em mais de três décadas de história, a Liga de Clubes passou por momentos de prosperidade, mas também de turbulência. Inúmeros foram os presidentes que assumiram este compromisso e abraçaram este desígnio, procurando encontrar soluções que permitissem garantir a sustentabilidade do organismo e do “negócio futebol”. Mas mesmo nos momentos de adversidade, a Liga perseverou. Não só devido ao empenho e dedicação de todos, mas também porque se  permaneceu fiel aos seus princípios. Assim tem sido e assim será com a equipa que, hoje, toma posse!»
 
O ex-árbitro internacional promete: «Uma equipa que tudo fará para dignificar os valores de profissionalismo, rigor e credibilidade».
 
«Estamos numa encruzilhada»

«É sobejamente sabido», alegou Proença, «que estamos no meio de uma encruzilhada. O nosso futebol atravessa um período sensível, dada a inexistência de um modelo competitivo voltado para o negócio, de um “business plan” a médio e longo prazo e dada a incapacidade em atrair público e parceiros. Tudo isto contribuiu para o atual estado de insolvência financeira. Estes são indicadores de crise! Menos mensurável em termos quantitativos, mas não menos profunda, é a perda de credibilidade no nosso futebol.» 
 
Proença falou em «desafios raros e reais»: «Não serão solucionados facilmente, nem num curto espaço de tempo. Mas asseguro-vos de que esta direção tudo fará para resolvê-los. Neste dia, unimo-nos porque escolhemos a esperança, a unidade de um projeto e não o conflito ou a discórdia.»
 
«Continuamos a ser uma das mais competitivas ligas europeias e mundiais… temos os melhores jogadores do mundo, treinadores de mérito reconhecido internacionalmente, árbitros de craveira mundial, dirigentes competentes, empresários desportivos bem sucedidos… Organizamos, com excelência, fases finais de competições internacionais…  Temos tudo para dar certo!», apontou.
 

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