Adrián Ramos é mais um dos avançados colombianos que nos últimos anos atravessou o Atlântico para mostrar serviço na Europa. Em 2009/2010 deixou o América Cali, clube que o formou e do qual é assumidamente adepto, para rumar ao Hertha de Berlim. Cinco épocas depois convenceu o Borussia Dortmund e lá que está desde 2014/2015.
 
Na Europa soma, em oito épocas, 255 jogos e 85 golos. O último valeu três pontos e foi marcado ao Sporting no início do mês de novembro, em Dortmund, em jogo a contar para a Liga dos Campeões. Estava a substituir o titular indiscutível Aubameyang que, o próprio colombiano reconhece, está «numa forma extraordinária».
 
Ainda assim, aos 30 anos, continua feliz na Europa e não coloca prazo na carreira. Está bem na Alemanha, mas diz que se for para crescer não se recusa a mudar de ares. De Portugal nunca recebeu nenhum convite, apesar de por cá já terem passado tantos compatriotas (muitos que até deixam saudades).
 
Ao Maisfutebol falou, entre várias coisas, sobre o Sporting que defrontou na Champions, o companheiro Raphael Guerreiro e o adversário Renato Sanches.
Já falámos sobre o Sporting e sobre Portugal… o Adrián também tem um português no Borussia Dortmund.
Sim, o Rapha. É um bom miúdo e é um jogador muito bom. Entrou muito bem e tem ajudado muito a equipa. Tem muitas qualidades e acrescenta muito à equipa. Pode jogar em diferentes posições o que, para além da qualidade, é muito importante. Acredito que tem um futuro muito bom pela frente.
 
Gosta mais de o ver a lateral esquerdo ou a médio?
Sinceramente, gosto de o ver jogar em ambas as posições. É bom nas duas. Acrescentou sempre alguma coisa em qualquer uma das posições. Espero que continue assim, para bem dele e para o da equipa também.
 
Thomas Tuchel soube ver as qualidades dele. É reconhecidamente um bom treinador, Jurgen Klopp também. O Adrián teve «sorte» nos dois técnicos que encontrou em Dortmund.
Sim, são os dois muito bons e aprendi muito com os dois. Trabalham com muita intensidade e com isso ajudaram-me muito a crescer. O estilo de futebol de ambos pode ser muito diferente, mas os dois têm uma mentalidade ganhadora que se destaca. Até nos treinos, o que só é positivo para qualquer um dos jogadores e para a equipa.
 
Foi difícil para si, habituado a um estilo de futebol mais lento, adaptar-se à maneira de jogar deles?
Não digo à deles, mas à maneira como se joga na Alemanha sim. Sendo colombiano estava habituado a outro ritmo, a outra intensidade. A um futebol diferente, bom também, mas com mais pausas. Os primeiros meses no Hertha foram difíceis pela intensidade, mas depois uma pessoa adapta-se. É sempre assim quando mudamos de campeonato, não é?
 
Dizem que sim. Por falar nisso e já que o Borussia Dortmund vai receber o Bayern Munique em breve… que opinião tem sobre Renato Sanches?
Do que já vi, acho que o Renato é muito bom jogador. Espera-se muito dele. Ainda não jogou muito, é certo, pela idade, pela equipa que o Bayern tem e porque também ainda não estará totalmente adaptado. Mas se o contrataram é porque viram que tem muita qualidade. Depois de se adaptar ao ritmo, conseguirá destacar-se.